O governador Romeu Zema (Novo) anunciou pelas redes sociais na manhã desta quinta-feira (27) a nomeação de 599 policiais civis. Na publicação, o chefe do Executivo citou o ambiente de insegurança vivido atualmente em escolas de Minas Gerais. “Em tempos tão difíceis para nós e nossos alunos, continuamos somando esforços para manter o Estado mais seguro. Hoje, serão nomeados mais 599 policiais civis. Reforço importante para seguirmos avançando na segurança em todas as regiões de Minas”, publicou.

Nem o governador nem a assessoria do governo informaram de que forma essas novas nomeações devem ajudar na segurança às escolas e como melhorar a proteção da comunidade escolar. Como publicado no Jornal de Minas Gerais, do total de servidores, 69 passam a integrar o quadro de delegados de polícia; 257, de escrivão de polícia; 170, de investigador de polícia; três, de perito criminal; dois, de médico-legista; 36, de analista da Polícia Civil; e 62, de técnico assistente da Polícia Civil.

Todas as nomeações são referentes a editais publicados em outubro de 2021 (carreiras policiais) e abril de 2022 (administrativas). A convocação foi autorizada devido à vacância de cargos por aposentadorias, falecimentos e exonerações de servidores. 

O recurso para as nomeações vem do Tesouro Estadual e será destinado ao pagamento dos novos servidores a título de despesa com pessoal. Os próximos passos incluem a posse dos nomeados, em até 30 dias, e a convocação para o Curso de Formação Técnico-Profissional, promovido pela PCMG por meio da Academia de Polícia Civil (Acadepol-MG) - com previsão de prazo até novembro deste ano -. Só assim os policiais passam a exercer suas funções na prática. 

A chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge, celebrou a convocação e disse que a Polícia Civil está mobilizada para receber os novos policiais. “Damos as boas-vindas aos novos servidores com a certeza de que Minas Gerais é o estado mais seguro para se viver”, afirmou. 

A reportagem procurou o governo e aguarda posicionamento.

Insegurança

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou nos últimos dias que identificou 11 adolescentes suspeitos de ameaçarem massacre em escolas do Estado. Entre os dias 9 e 20 de abril, o Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) analisou quase 100 contas e grupos em redes sociais que mencionavam a possibilidade de assassinato em instituições mineiras de ensino. Foram instaurados procedimentos em relação a oito casos, nos quais existiam ameaças consistentes.

A ação teve início após quatro crianças terem sido mortas em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, no último dia 5 de abril. Conforme o órgão, desde então, começaram a proliferar mensagens com ameaças de ataques a escolas. Muitas delas faziam menção à Columbine, onde estudantes armados invadiram uma instituição de ensino nos Estados Unidos em 20 de abril de 1999. Na ocasião, 13 vidas foram perdidas.