Zumbis 'invadem' a praça Sete, em Belo Horizonte, no Dia de Finados

De um lado, pessoas com roupas rasgadas e sujas e os rostos cobertos de sangue. Do outro, gente com armas na mão e mochila com o necessário para sobreviver nas costas. Na tarde desta sexta-feira (2), a praça Sete, no centro de Belo Horizonte, foi tomada por cerca de 300 zumbis e caçadores dos mortos-vivos, que se reuniram para a 12ª edição da Zombie Walk, caminhada que ocorre todos os anos no feriado de Finados.

O jornalista Bruno Silvestre, de 28 anos, foi um dos destaques do evento. Ele gastou quatro horas para se caracterizar e incorporar um zumbi e, durante a festa, fez questão de repetir os movimentos lentos e arrastados das criaturas. “Já é o sexto ano que eu participo, é um evento diferente. Sempre venho como zumbi, acho legal correr atrás do povo”, brinca.

A cobradora interna Carolina Melo, 24, foi para a caminhada, que seguiu em direção ao Viaduto Santa Tereza, como metade zumbi e metade humana. “Gosto demais desse universo e de me caracterizar”, conta.

Já o designer gráfico Alefe Gabriel, 25, escolheu o lado da resistência em sua estreia na Zombie Walk: ele montou uma arma e vestiu um coturno para se preparar para o apocalipse zumbi. “Eu curto os jogos, filmes e séries sobre zumbis e prefiro o lado da sobrevivência”, diz.

Literatura zumbi

O escritor Gustavo Ferreira vai lançar, na próxima semana, o livro "BH Zombie", que conta a história de um apocalipse zumbi que se passa em vários pontos da capital.

"As pessoas tentam fugir e sobreviver e, depois que elas sobrevivem a essa primeira onda de choque, passam a tentar reconstruir a comunidade e a descobrir uma cura, uma vacina, só que acontece um probleminha ainda maior depois", diz.

O livro será lançado na Livraria Leitura, no Pátio Savassi, no dia 10 de novembro.