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Coronavírus: Presidente da ALMG critica falta de campanhas educativas do Estado

Para o presidente da Assembleia, governos federal e estadual investem pouco na conscientização da população sobre os novos hábitos gerados pela pandemia e a necessidade de prevenção da doença

Por Lucas Morais
Publicado em 07 de maio de 2020 | 14:16
 
 
 
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Lavar as mãos quando frequentemente, usar a máscara nas ruas, praças, avenidas e comércios, além de evitar aglomerações. Desde o início da pandemia do coronavírus, alguns desses cuidados básicos que antes não eram realidade entre a população se tornaram cruciais para evitar a propagação da doença e uma explosão de casos. 

Mas, para o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), são muitas outras atitudes  cruciais para evitar a doença e que não têm a devida atenção dos governos estadual e federal, que concentram os recursos do poder público, em campanhas educativas.

"Vamos ter novas formas de convívio social e isso afeta a cultura das pessoas. Elas precisam ser conscientizadas, educadas sobre essas condutas. Como querer multar alguém que está em um estabelecimento sem cumprir as regras se sequer tem conhecimento da maneira correta. Temos hoje atitudes que passaram a ser consideradas erradas, como compartilhar um copo, encostar nas pessoas, ficar próximo", exemplifica. 

Agostinho Patrus ainda defende o maior investimento do Estado e da União em informação, primordial em tempos de uma das maiores pandemias dos últimos séculos. "É fundamental uma mudança de comportamento. No caso da dengue, por exemplo, quando as campanhas eram vinculadas, ocorria uma redução grande de casos, já que a população é lembrada de tomar todas as medidas preventivas para evitar essa doença", argumenta.

O presidente da Assembleia cita também o caso das prefeituras, que ficam com a menor fatia da arrecadação de impostos, e, por isso, deveriam ter mais apoio dos demais Executivos com as campanhas educativas para a população. "São exigências enormes [os Executivos municipais] em um momento de retração econômica, como contratar médicos, enfermeiros, resolver o problema dos hospitais", afirma. 

Credibilidade em tempos de fake news

Outro ponto defendido por Agostinho Patrus é necessidade de veicular campanhas informativas sobre o coronavírus nos meios com maior credibilidade. "As pesquisas mostram que muitas vezes as pessoas duvidam de uma informação na internet. Quando ela é repassada por um veículo formal e oficial, o assunto ganha mais credibilidade e importância", alega.

Por fim, o presidente enfatiza que antes de qualquer discussão de retomada da economia, deve vir o cuidado com a saúde e bem-estar da população – principalmente quanto à divulgação dos meios de evitar o contágio. "Essas campanhas também devem ser apoiadas pelos empresários, que estão defendendo a retoma das atividades. Para voltar, é preciso que a população fique bem informada", finaliza.

 

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