Empresas como frigoríficos e montadoras de veículos vão conceder férias coletivas em fábricas no Brasil, devido aos reflexos da pandemia de coronavírus na economia e à necessidade de adoção de medidas de combate ao avanço da doença.

A partir da próxima segunda-feira (23), a Minerva Foods vai conceder férias coletivas a colaboradores de quatro plantas no país, inclusive a de Janaúba, no Norte de Minas Gerais. A medida também se aplica às unidades de José Bonifácio (SP), Mirassol D´Oeste (MT) e Paranatinga (MT). A empresa adotou regime de trabalho de home office para parte dos funcionários das áreas administrativas.

Segundo a Minerva Foods, as iniciativas visam contribuir para o combate à propagação do coronavírus e estão alinhadas "à piora dos cenários doméstico e global, que inclui queda da demanda no segmento de food service e limitações logísticas em diversas partes do mundo". A companhia afirmou, ainda, que as "férias coletivas são a melhor opção a ser seguida, tendo em vista que permitem preservar a economia de escala das operações industriais".

A JBS informou que monitora os reflexos do coronavírus no mercado e avalia a implantação de férias coletivas em cinco de suas 37 unidades de processamento de bovinos no Brasil. De acordo com a empresa, não há impacto nas operações em Minas Gerais.

Entre as montadoras, a Volkswagen estuda conceder férias coletivas de dez dias, a partir de 31 de março, a colaoradores de todas as quatro plantas no Brasil: São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté, em São Paulo, e São José dos Pinhais, no Paraná. Elas empregam cerca de 15 mil funcionários. A empresa protocolou as férias na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho de forma preventiva, e as decisões definitivas sobre o assunto ainda serão tomadas.

A Fiat, que tem uma fábrica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, ressalta que não há previsão de redução ou paralisação da produção ou concessão de férias coletivas no Brasil até o momento.