O Ministério Público (MP) pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o órgão investigue "irregularidades na condução da operação Lava Jato no Paraná". O procurador Lucas Furtado pede que se apure a aquisição, o uso e o desaparecimento de aparelhos de interceptação telefônica. Ele solicita também apuração sobre a distribuição de processos relativos à força-tarefa no Estado.
Furtado cita reportagem da revista eletrônica Conjur (Consultor Jurídico). Ela afirma que a força-tarefa do Paraná adquiriu três sistemas de interceptação conhecidos como Guardiões -e diz que dois deles "sumiram". Parte das gravações colhidas nos sistemas teria sido apagadas.
Os procuradores, em nota, classificaram as informações como fake news, negando ter adquirido o sistema Guardião ou qualquer outro equipamento de interceptação. Segundo eles, todos os grampos foram feitos de forma legal e realizados exclusivamente pela Polícia Federal.
"Entendo que a denúncia feita pela revista Consultor Jurídico é grave e reclama detida apuração", diz o procurador. "Apesar dos elogios à Operação Lava Jato, ninguém em uma democracia pode ficar acima da lei". Ele pede ainda que o TCU investigue se houve fraude na distribuição de processos relacionados à Lava Jato -o que também é negado pela força-tarefa.