Uma agenda que contempla atividades de perfis distintos, durante todos os dias da semana – uma boa parte dessas, com acesso gratuito. Com o objetivo de sensibilizar cada vez mais pessoas, começa amanhã, na capital mineira, a 3ª Semana da Visibilidade Trans e Travesti de Belo Horizonte. A programação prossegue até a quarta-feira, dia 29 de janeiro, que é o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti.
Este ano, o evento tem como fio condutor a frase “pelas vidas trans travestis, pelo direito de ser e viver trans e travesti”. Um dos nomes por trás da organização do evento, a artista e arte educadora Eli Nunes lembra que o evento vem, a cada edição, arrebanhando mais pessoas.
“A primeira edição contou com gente que, de certa forma, já estava diretamente mais envolvida com a causa. A partir da segunda, o público foi naturalmente se ampliando. E é exatamente para naturalizar a questão da pessoa trans na sociedade e, num contexto mais amplo, envolver toda a cidade nesta causa, que a meta ter cada vez mais eventos gratuitos”, diz.
Um dos pontos destaques da programação, aliás, é totalmente franqueado ao público. Trata-se da Caminhada Pelas Vidas Trans e Travestis. A atração acontece neste domingo, a partir das 15h, com concentração na praça 7, e encerramento previsto para as 19h, na rua Aarão Reis.
“No ano passado, a caminhada atraiu um público estimado em 250 pessoas. Para este ano, claro, gostaríamos de atrair mais pessoas, e, por isso, estamos convocando as pessoas aliadas, as que querem apoiar a causa, para que apareçam. Essa visibilidade é importante até mesmo para que as pessoas saibam mais sobre a possibilidade de investir na inserção no mercado de trabalho das pessoas trans, de modo que não seja algo apenas pontual, e, sim, que um dia possa haver de fato a consolidação de um espaço”, diz Eli.
A programação contará, ainda, com atividades como plantões de apoio jurídico e de saúde integral, chá com as Mães Pela Diversidade e mostra de Performances Atraque, entre outras ações.
“Uma atividade bacana, que eu também destacaria, é o Bazar Itinerante (que propõe a doação de peças de roupa e acessórios para pessoas trans ou a venda desses mesmos itens para pessoas cis a um preço simbólico). O evento também arrecada itens de higiene pessoal”, comenta Eli. Entre os espaços que o bazar vai ocupar está, por exemplo, o Centro de Referência da Juventude (praça da Estação).
Nesta quinta-feira, a abertura acontece com o Café com Babado, a partir das 8h, no Ambulatório Trans Anyky Lima (rua Dr. Cristiano Rezende, 2.213, bairro Bonsucesso). Haverá acolhimento e bate-papo sobre o Dia da Visibilidade. “É um espaço para a pessoa trans acessar o seu direito à saúde”, diz Eli. À tarde, a programação se desloca para o já citado CRJ, onde, a partir das 14h, a companhia Anômala ministra a oficina de teatro “Por Uma Presença que Provoque”.
À noite, a partir das 19h, na Associação Casa do Estudante de Minas Gerais (Mofuce, na rua Ouro Preto, 1.421, no Santo Agostinho), a programação do primeiro dia se encerra com o Atraque – Mostra de Performances, reunindo vários artistas.
Agenda
O quê. 3ª Semana da Visibilidade Trans de
Belo Horizonte
Quando. Desta quinta-feira (23) a 29 de janeiro
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