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Affonsinho aborda as 'manhas' da guitarra em live, daqui a pouco

Diferencialmente da série que ele tem feito aos domingos, nesta quarentena, a transmissão de hoje privilegia o instrumento que soa forte no coração dos blueseiros e roqueiros

Por Patricia Cassese
Publicado em 15 de setembro de 2020 | 18:13
 
 
 
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Não foi de imediato, mas, semanas após o início da quarentena, no curso do distanciamento social, o cantor, compositor e guitarrista Affonsinho resolveu aderir ao formato das lives. E fechou assim: sempre aos domingos, às 17h, ele dá o ar da graça em seu perfil no Instagram. "São lives de até três horas, pois, agora, também estou trazendo muitos convidados. São lives de MPB, de canções autorais. Já trouxe o Zé Renato, o Chico Amaral.. Foram mais de 40 (transmissões), e tem sido muito legal, as pessoas pedem muita coisa", assinala. Mas como o músico está planejando voltar a dar aulas (vale lembrar que Affonsinho já teve alunos como Samuel Rosa),  ele resolveu excepcionalmente fazer uma live nesta quarta-feira, às 20h, mas com um diferencial.
 
Desta vez, é a guitarra que assume o protagonismo. "Então, vou pegar as coisas de guitarra que eu já usei nos cursos. Aprender a tirar o som,  como se faz um fraseado de guitarra, como se constrói um solo, chamar a atenção da pessoa com uma nota, acertar o timbre, o som, a interpretação, a equalização, volume, para que serve o overdrive, o flanger, o pedal, o que é o grave, o médio e o agudo, como envolver a pessoa naquilo ali. Porque muita gente entra solando, quer tocar rápido, e ninguém entende nada", explica. 
 
Um viés que ele pretende abordar é a mistura da guitarra do blues com a música brasileira, "como os baianos fizeram". "Igual Caetano, Gil, pegando os modernistas lá da antropofagia. Porque ficar ensinando os caras a tocar blues americano em BH, eu acho totalmente sem sentido", pontua. O que Affonsinho defende é mesclar as ideias musicais de lá e de cá e "criar uma terceira coisa", "Na verdade, eu sempre pensei assim, é o que eu sempre fiz nos meus discos todos. O disco mais bossa nova meu que você imaginar, se você analisar bem, tá lá, BB King puro na hora do solo. Acho isso criativo - mais que fazer um cover do BB King ou do João Gilberto, fazer uma música que mistura BB King com João Gilberto, gerando uma outra coisa", explana.
 
No que tange o aspecto mais técnico, Affonsinho pretende dissipar muitas dúvidas dos candidatos a futuros guitarristas. "Já vi muito aluno falar: 'Ah, eu uso meu amplificador de guitarra com o grave no 3, o agudo no 5, o médio no 2... Mas é preciso avaliar qual a sala na qual você está, o tamanho,  o revestimento do lugar, qual é a posição da sua orelha diante da caixa...Não adianta ter uma Fender ou uma Gibson e um amplificador Marshal se não souber equiibrar o som, equalizar...Então, vou tentar falar um monte de coisa que eu aprendi ao longo desses 45 anos de guitarra", finaliza ele. 
 
Confira:
Nesta terça (15), às 20h, em

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