Dança

Ana Paula Oliveira cria performance sensível e poética com a pardoquinha Lis

Projeto tem direção audiovisual de Eder Santos, trilha sonora original de Marcos Frederico e participação especial do percussionista Paulo Santos, do Uakti

Por Da redação
Publicado em 18 de junho de 2021 | 11:14
 
 
 
normal

A poética da dança da bailarina Ana Paula Oliveira, hoje portadora bilateral de prótese de quadril, foi sendo reinventada ao longo de sua trajetória pessoal e profissional. Ela tem 20 anos de carreira profissional e foi integrante do Grupo Corpo, Cia de Dança do Palácio das Artes, Grupo 1º Ato, Grupo Meia Ponta e Grupo Camaleão até ter a profissão precocemente interrompida, devido a um acidente no palco, em 2009, na estreia do balé “Ímã”, do Grupo Corpo.

Neste domingo (20), às 15h, a Ana Paula lança a performance “Vôo Livre”, em que ela e a pardoquinha Lis protagonizam um sensível, intenso e surpreendente bailado, que será exibido pelo pelo canal da APU Produções no YouTube. A obra faz parte do projeto de dança multissetorial “Pé no Chão”, que vislumbra uma videoinstalação como palco. Ana Paula assina a concepção, direção artística e coreográfica. A ideia de contracenar com um pássaro em sua coreografia veio durante o processo criativo, quando a bailarina resgatou a pardoquinha recém-nascida Lis depois de uma noite de vendaval.

“Como o ninho não foi encontrado e muito menos os pais apareceram, Lis passou a fazer parte da minha vida”, ela conta. “Lis é sobrevivente, um milagre. E além de tudo, trouxe uma alegria mágica para a minha dança, que vem sendo ressignificada”, completa a bailarina. Nesta história inusitada, Lis se identifica com Ana Paula como “bando”, de acordo com o parecer do biólogo Lucas Assis, que acompanha todo o desenvolvimento da pardoquinha.

Ana Paula Oliveira contou com uma parceria de Eder Santos, um dos maiores nomes da multimídia no Brasil e no exterior, que assina a direção audiovisual da videoinstalação. Além da exibição da performance e da videoinstalação, a tarde de domingo terá bate-papo com os artistas envolvidos.

A trilha sonora original foi composta pelo bandolinista Marcos Frederico e contou com a participação do percussionista, multi-instrumentista, compositor e co-fundador do Grupo Uakti, Paulo Santos. O figurino completa a realização da obra que contou com a colaboração de Janaina Castro, bailarina, que também atua como figurinista e diretora de arte pela Blecaute Produções.

 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!