Biográfico

'Família É Tudo', novo livro de Carpinejar, homenageia seus pais

O escritor gaúcho, radicado em Belo Horizonte, mescla relatos pessoais e debruça-se sobre a importância das relações familiares em título

Por Carlos Andrei Siquara
Publicado em 02 de novembro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Assim que concluiu a escrita de “Cuide dos Pais Antes que Seja Tarde” (2018), Fabrício Carpinejar se viu tomado por uma mudança de perspectiva da relação com seus ascendentes, o que continuou reverberando no novo livro “Família É Tudo”, o qual chega às livrarias nesta segunda-feira. No dia 19, o escritor gaúcho, radicado em Belo Horizonte, vai autografar o volume na Livraria Leitura do shopping Pátio Savassi.

“Eu entrei em um processo de transformação filial, de mutação de hábitos e de sentimentos. Eu percebi que estava sendo relapso com meus pais, e o novo livro não deixa de ser uma continuação de ‘Cuide dos Pais’, só que agora levado ao extremo da experiência. Eu acho que a família é aquele lugar a que a gente pode voltar sempre. Nós não podemos ser demitidos da família”, diz o escritor.

Carpinejar acrescenta que são muitos os manuais sobre ser um bom pai, uma boa mãe, mas ainda não existia um livro que chamasse a atenção dos filhos. Essa percepção foi o que também o motivou a conceber o predecessor e o novo título.

“Não existia um manual de como ser um bom filho, e acho que esta é um pouco a minha intenção com esse livro. Nós podemos aprender, na vida, como ser um bom pai, uma boa mãe, um bom marido, uma boa esposa, mas não um bom filho. Acho que aprender a ser um bom filho é algo que só costuma acontecer na maturidade, e este talvez seja um dos nossos últimos aprendizados”, pontua Carpinejar.

“Família É Tudo” mantém o tom pessoal de outros escritos do poeta, que sublinha ser este um livro inspirado em várias situações pessoais. “Certa vez, por exemplo, minha filha quis me ofender dizendo que eu estava igual a meus pais. Eu acho que tudo muda quando você percebe que isso, na verdade, é um elogio”, sublinha.

Para Carpinejar, a maturidade da relação com os pais se revela maior quando os filhos deixam de julgá-los. “Minha mãe costuma aplaudir o filme no fim da sessão, e hoje eu não a deixo passar esse mico sozinha. A mesma coisa acontece com meu pai que bate palma quando o avião faz uma boa aterrissagem. Eu aplaudo junto.

Assim, eu deixo de colocar meus pais no palco das minhas expectativas para partilhar os defeitos conjuntamente, porque eu também tenho minhas extravagâncias, e os meus pais não ficam rindo delas”, conclui o escritor.

Programe-se

Na segunda-feira, Carpinejar vai falar sobre  o novo livro, às 14h, na rádio Super 91,7 FM.

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