No consultório odontológico, numa aula de meditação ou na terapia, lá está ela: a música. Esses são alguns dos exemplos utilizados por Claudio da Rocha Miranda Filho para mostrar “a importância cada vez mais abrangente da música na vida das pessoas”. “Em pouco tempo, o computador vai reconhecer qual seu ritmo e enviar uma música para te agitar ou acalmar”, sustenta. Diretor geral do Brazil Music Conference, que acontece nesta quarta-feira (5) na capital mineira depois de três anos de ausência, o executivo também é conhecido como “embaixador da música eletrônica no Brasil”.
“Depois de 20 anos da revolução da chamada ‘música eletrônica’, notamos uma importante inovação e transformação no cenário”, diz. “Quantos músicos frustrados tiveram que trabalhar como engenheiros, economistas ou advogados porque o mercado não estava preparado para acolhê-los?”, questiona Miranda.
É justamente essa via de mão dupla entre indústria do entretenimento e produção artística que a iniciativa quer debater. “Vamos conversar sobre a cadeia que envolve o trabalho do artista no estúdio até chegar ao consumidor final”, explica ele, que ressalta o fato de a cultura “ser um vetor essencial do desenvolvimento econômico do país”. “Precisamos encerrar essa fase de demonização do setor”, diz.
As temáticas vão ao encontro de demandas contemporâneas, como fica claro na mesa “Mulheres na Produção de Eventos”. “A busca desse equilíbrio de forças é uma necessidade atual”, observa Miranda. Anderson Noise e Rogério Flausino participam do evento.
Agenda
O quê. Brazil Music Conference.
Quando. Quarta (5), das 14h30 às 21h.
Onde. Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, bairro Santa Efigênia).
Quanto. Gratuito.