Assim como “Hebe: A Estrela do Brasil”, o longa “Chacrinha: O Velho Guerreiro” também foi pensado e já filmado para compor dois produtos audiovisuais. O primeiro deles esteve nos cinemas no fim de 2018; já o segundo entra na grade da Globo em 14 de janeiro, após “Amor de Mãe”.
A série “Chacrinha” acompanha a trajetória do Velho Guerreiro desde a juventude, quando ele deixa a faculdade de medicina e o Nordeste para se aventurar no Rio. Dirigida por Andrucha Waddington, com roteiro de Claudio Paiva, a produção não esconde as dificuldades nem as controvérsias deste apresentador que é um ícone do entretenimento no Brasil.
Eduardo Sterblitch está bem no papel do Chacrinha jovem que sonha em comandar um cassino, com suas dançarinas em figurinos de plumas e paetês. É nesse desejo que ele se arrisca no rádio, popularizando os programas de auditório que, mais tarde, ele levou à televisão, um veículo de alcance ainda desconhecido. Enquanto sua carreira deslancha, sua vida pessoal sofre uma transformação.
Quem assume o papel do apresentador na vida madura é Stepan Nercessian, que mostra Chacrinha no auge, mas também no perrengue da censura, da guerra de audiência e das consequências de suas próprias convicções. O Velho Guerreiro passou por dificuldades com sua Caravana do Chacrinha, mas sempre pode contar com sua amiga Elke Maravilha, vivida por Gianne Albertoni – cujo figurino é um luxo!
Karen Junqueira é Rita Cadillac e Thelmo Fernandes interpreta Boni, outra figura essencial na carreira de Chacrinha. O diferencial da série para o filme, além das cenas inéditas, é a inserção de minidocumentários com imagens de arquivo da época sobre os cassinos, a era do rádio, o início da televisão, os shows de calouros, os musicais, os concursos, as chacretes, o tropicalismo e a censura. A série relembra ainda os artistas que passaram pelo palco do “Cassino”.