Festival

Orçamento da nova Virada Cultural de BH cai quase pela metade

Informação foi dada pelo secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira

Por Raphael Vidigal
Publicado em 23 de abril de 2019 | 15:51
 
 
 
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Desde o início da gestão de Alexandre Kalil na prefeitura de Belo Horizonte, a cidade havia perdido um de seus principais eventos culturais. Agora, a Virada Cultural de BH está de volta ao calendário depois de dois anos de ausência – a última edição aconteceu em 2016 –, e traz mudanças em sua estrutura. Confirmada para começar às 17h do dia 20 (sábado) e se encerrar às 17h do dia 21 (domingo) de julho, a iniciativa oferece 24 horas ininterruptas de programação gratuita, com atrações pelas ruas da capital. 

O orçamento despendido pela prefeitura, no entanto, caiu quase pela metade em relação ao valor gasto em 2016. Na ocasião, a prefeitura investiu R$ 1,5 milhão e, com a ajuda de patrocínios, alcançou a cifra de R$ 3,5 milhões. Para 2019, de acordo com o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, o orçamento investido pela prefeitura no festival será de R$ 850 mil. “Já estamos correndo atrás de patrocínios, mas nome de patrocinador a gente só pode confirmar quando o dinheiro pinga”, afirmou Ferreira.

O secretário também admitiu que o clamor popular em torno da Virada foi um dos principais fatores para a sua retomada. “É disparado o evento mais cobrado pelas pessoas, o que dá a dimensão da importância da Virada para a cidade. A gente não queria fazer uma Virada precária, não tínhamos nem dinheiro e nem estrutura nos anos anteriores. Dessa vez, nós conseguimos o mínimo”, declarou. 

Com uma expectativa de receber cerca de 500 mil pessoas durante o evento – em 2016 o número de participantes foi de 580 mil –, a promessa é que até 400 atrações passem pelos palcos do festival, realizado pela prefeitura em parceria com o Instituto Periférico, selecionado via edital como Organização da Sociedade Civil (OSC). Outra ideia confirmada foi concentrar toda a programação no hipercentro da cidade. Na última vez que aconteceu, houve uma tentativa de descentralização, levando algumas atividades para espaços periféricos da capital mineira. 

“Todos os balanços feitos apontaram que a dispersão territorial não é positiva. Não foi só aqui que essas tentativas não deram certo, em São Paulo aconteceu a mesma coisa”, comparou Ferreira. “No fundo é um evento que convida as pessoas a conhecerem a região central de maneira diferente, sem a correria do dia a dia, mas com a fruição típica e específica da atividade cultural e artística”, completou. 

Com pelo menos 120 atividades selecionadas via edital, elas serão distribuídas em seis áreas principais no hipercentro de BH: Aarão Reis (embaixo do Viaduto Santa Tereza), Parque Municipal Américo Renné Giannetti, praça Sete, rua da Bahia com avenida Santos Dumont, rua Guaicurus e rua Goiás. Espaços culturais parceiros do evento também vão receber programação. 

As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, até às 23h59 do dia 12 de maio, no site da Virada Cultural (viradacultural.pbh.gov.br/2019). Serão aceitas propostas de arte urbana, música, dança, circo, cinema, teatro, artes visuais, gastronomia, moda, games, espetáculo infantil, cultura popular, intervenções de rua, feiras e outros segmentos.

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