Embora tenha estudado no Rio de Janeiro e trabalhado boa parte de sua vida em Belo Horizonte, o arquiteto Guilherme Andrade sempre teve “um pé no mato”. Assim, seus quadros revelam a influência que os cenários interioranos têm sua trajetória.

Trinta e quatro quadros do artista estão expostos na Copiadora Valença até segunda-feira. “Eu passava as férias na Zona da Mata, e isso foi me impregnando. Outro dia, notei que não tinha nenhum quadro que retrate um ambiente urbano”, pontua o mineiro de Juiz de Fora.

Andrade comenta que, desde jovem, já desenhava, e a formação em arquitetura o ajudou a desenvolver o seu traço. A formação autodidata não traz referências das artes plásticas, mas revela um passado ligado à música. “Não sei explicar, mas sinto que em meus quadros tem uma coisa da música do Tom Jobim, uns traços influenciados por ‘Águas de Março” e ‘Correnteza’”, pondera o artista.

Apesar de sempre ter desenhado, essa é apenas a primeira exposição de Andrade. O inusitado fato de ser em uma papelaria é pela decisão de ter sido tomada de última hora. “Sempre ouvir que eu tinha que expor meus quadros. Depois de completar 67 anos, achei que era a hora”, pontua.

Agenda

O quê. Exposição Guilherme Andrade – Pinturas

Quando. De segunda até sábado, até 15.12 (segunda à sexta, das 8h às 18h; e sábado, das 8h às 12h)

Onde. Copiadora Valença (rua dos Timbiras, 1.352, Funcionários)

Quanto. Gratuito