Um dos maiores ícones da música latina, Julio Iglesias será homenageado nos Estados Unidos. Com mais de cinco décadas de carreira, ele receberá um troféu pelo “conjunto da obra”, neste domingo (10), na cerimônia do Grammy, que começa às 23h (horário de Brasília) – com transmissão do canal pago TNT –, e que visa premiar os melhores artistas da música norte-americana do ano passado. Um ponto alto de uma festa que enfrenta uma série de polêmicas, antes mesmo de ser realizada.

A cerimônia teve cancelamentos, desistências e até informações vazadas. A noite especial pode até ficar desfalcada de seus principais destaques. Kendrick Lamar é o recordista nesta edição do Grammy, com oito indicações. A mente por trás da trilha sonora de “Pantera Negra”, porém, preferiu dar mais destaque para o Oscar, no qual já foi confirmado com uma apresentação ao vivo de “All the Stars”. O rapper poderá conquistar a dobradinha Oscar e Grammy no mesmo ano pelo seu trabalho no filme do super-herói.

Mas não foi apenas Lamar quem esnobou o Grammy. Outros ícones, como Drake e Childish Gambino, rejeitaram a proposta da Academia de se apresentar no Grammy, informou o “The New York Times” na última quinta-feira, mesmo após as indicações a importantes categorias como gravação, álbum e canção do ano. É provável que o trio nem apareça na cerimônia.

Sufocada

Quem também entrou em embate foi Ariana Grande, que cancelou sua presença. A popstar, que concorre a melhor performance pop solo e melhor álbum pop vocal disse que se sentiu insultada após os organizadores inicialmente não concordarem com a apresentação ao vivo do single “7 Rings”, que está em seu novo álbum, “Thank U, Next”.

“Minha criatividade e autenticidade foram sufocadas por você”, escreveu Ariana nas redes sociais, claramente direcionando seu comentário a Ken Ehrlich, produtor responsável pelo Grammy.

Um alento para a cerimônia foi Lady Gaga anunciar que subirá ao palco para cantar. Apesar de estar mais focada em sua veia cinematográfica pelo ótimo trabalho em “Nasce uma Estrela”, a cantora norte-americana soltará a voz no Staples Center, em Los Angeles, para o delírio dos fãs. Camila Cabello, Cardi B, Post Malone, Shawn Mendes e Dua Lipa também vão se apresentar ao vivo.

Depois de receber críticas na edição passada pela escassez de artistas femininas, a organização se movimentou para criar uma força-tarefa para apoiar a diversidade. Neste ano, cinco dos oito indicados ao cobiçado prêmio de disco do ano são de mulheres: “Invasion of Privacy”, de Cardi B; “Dirty Computer”, de Janelle Monáe; “By the Way, I Forgive You”, da cantora folk Brandi Carlile; “Golden Hour”, da artista country Kacey Musgraves; e “H.E.R.”", da novata de R&B de mesmo nome.

Honraria

Julio Iglesias, 75, vai se juntar a um grupo que engloba nomes como Elvis Presley, Beatles, Aretha Franklin, Queen e Ella Fitzgerald – todos eles levaram o prêmio pelo “conjunto da obra”. (Com agências)

 

Alguns indicados

CANÇÃO DO ANO

“All the Stars” (Kendrick Lamar e SZA)

“Boo’d Up” (Ella Mai)

“God’s Plan” (Drake)

“In My Blood” (Shawn Mendes)

“The Joke” (Brandi Carlile)

“The Middle” (Zedd, Marren Morris e Grey)

“Shallow” (Lady Gaga e Bradley Cooper)

“This is America” (Childish Gambino) 

ÁLBUM DO ANO

“Invasion of Privacy” (Cardi B)

“By the Way, I Forgive You”

(Brandi Carlile)

“Scorpion” (Drake)

“H.E.R.” (H.E.R.)

“Beergbongs & Bentleys” (Post Malone)

“Dirty Computer” (Janelle Monáe)

“The Golden Hour” (Kacey Musgraves)

“Pantera Negra: O Álbum” (Vários Artistas)