Mauro Zockratto, 55, admite que é “conhecido como sambista na cidade”. Mas o EP que ele lança agora vem justamente para alargar os limites dessa experiência musical acumulada em 33 anos de carreira. “Autoral”, como diz o nome, é o primeiro disco de composições próprias do cantor que, além de dois álbuns – um deles dedicado à obra de Baden Powell– , participou do tributo “Waldir Silva em Letra & Música”.

“Comecei a escrever brincando, estava cansando de cantar sempre as mesmas coisas e ver as pessoas fazerem o mesmo”, declara. Incentivado por amigos, ele deu forma às cinco canções do disco, com o auxílio luxuoso de Marcelo Jiran na direção musical e outros inúmeros instrumentos, como piano, bandolim e acordeom.

Outra ideia de Zockratto foi designar os ritmos das canções na contracapa. “Minhas Janelas”, “Pequeno Criado Mudo”, “Nossas Mudanças”, “Canto Nu” e “Oceano de Ilusões” passeiam por fox, bolero, tango e samba. “Geralmente escrevo a letra primeiro, é ela quem comanda o ritmo da música”, conta ele, que cita as influências de Angela Maria, Monarco, Cida Moreira e Letícia Coura.