Artes visuais

Novas exposições entram em cartaz na cidade

Mostras em cartaz em Belo Horizonte têm como foco a fotografia e objetos que instigam o olhar

Por Patrícia Cassese
Publicado em 04 de setembro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Novas mostras passam a ocupar, nesta semana, galerias e outros espaços expositivos da capital mineira. Na Periscópio Arte Contemporânea, a artista Luana Vitra inaugura hoje, no espaço Porão, a exposição “Corpo Rasgado em Estado de Céu Aberto”, no qual apresenta 11 trabalhos, entre desenhos e objetos. Para algumas obras, ela também utilizou, no processo de feitura, materiais comumente associados à indústria, como ferro, madeiras usadas no processo da construção civil ou cimento.

“O uso desses materiais vem do desejo de dizer de um apagamento da natureza em prol do crescimento industrial nos centros urbanos. Mas, ao mesmo tempo que a exposição tem esse movimento de enfatizar o que tem acontecido com a natureza, problematizando a ação de mineradoras, construtoras ou da monocultura; também cria um trajeto que visa a devolução dessas matérias, pensando caminhos de sobrevivência para a natureza”, explica a artista.

A Periscópio fica na avenida Álvares Cabral, 534, no Lourdes. A mostra poderá ser vista até 12 de outubro.

Já o Museu Inimá de Paula (rua da Bahia, 1.201, centro) inaugura amanhã a exposição fotográfica “Serro Sem Retoques”, com trabalhos de Felix Tolentino. São aproximadamente 70 fotos, que ocuparão dois andares do museu. As imagens tentam colocar em destaque a beleza da cidade do Serro, com foco também em seu povo, em edificações seculares e em igrejas, além de contemplar a área rural dedicada à criação de bovinos e produção do famoso queijo do Serro. A mostra fica em cartaz até o dia 8 de dezembro, com acesso gratuito.

O Centro Cultural UFMG (rua Santos Dumont, 174, centro), por sua vez, abriga, a partir da sexta-feira (6), a exposição “Intermitências”, da artista Sílvia Junqueira. A mostra reúne 20 fotografias capturadas através de um dispositivo celular e impressas em azulejos, além de 24 fotografias feitas por câmera profissional e pelo celular. 

“São fotografias de rua que tirei num intervalo de três anos, tanto aqui no Brasil quanto fora. Tentei flagrar pessoas em situações cotidianas, transitando pela cidade, mas que também sugerem algo de nonsense, tem essa pegada. Tentei flagrar coisas que habitualmente escapam ao nosso olhar”, diz ela. As fotos da mostra são todas em cores, à exceção de três, reveladas em tamanho maior, em P&B. A curadoria é de Alexandre Rodrigues da Costa, professor da escola Guignard. As obras poderão ser vistas até o dia 3 de novembro, com entrada também gratuita. 

 

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