Cinema

Santoro aposta na delicadeza em dublagem de ‘Klaus’

Animação de Sérgio Pablos já está disponível na Netflix; título refere-se a Santa Claus, o Papai Noel do Hemisfério Norte

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de novembro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Rodrigo Santoro é veterano nesse negócio de dublagem de animações. Lá atrás, em 1999 – há 20 anos –, ele forneceu sua voz ao pequeno "Stuart Little" – lembram do ratinho adotado pela família de Geena Davis e Hugh Laurie no mix de animação e live action de Rob Minkoff? Stuart Little fez tanto sucesso que, em 2002, surgiu o 2, e lá estava de novo Rodrigo dublando o ratinho. Depois, em 2011, veio o fenômeno “Rio”, a animação com que Carlos Saldanha exaltou as cores do Brasil para o mundo. 

E aí veio o convite da Netflix para fazer as dublagem de “Klaus”. A animação de Sérgio Pablos já está – desde sexta-feira – na plataforma de streaming. A lenda da criação do Natal. O Klaus do título refere-se a Santa Claus, o Papai Noel do Hemisfério Norte. 

É um carpinteiro que vive isolado num lugarejo gelado próximo do Círculo Ártico. É para esse lugar que vai Jesper, um sujeitinho atrapalhado que conseguiu ser o pior estudante da academia postal. Jesper parece condenado à solidão, mas encontra uma aliada na professora, Alva. 

Papai Noel

Descobre a misteriosa oficina de Klaus, cheia dos brinquedos que ele faz com as próprias mãos. Só será necessário um “clique” para que o Correio comece a funcionar, as crianças enviem cartas com pedidos que serão encaminhados a Klaus e aquele homenzarrão imenso, de barbas brancas, vire o Papai Noel das fantasias natalinas.

Situação atual

Quando recebeu a proposta de dar voz a Jesper, Rodrigo Santoro imediatamente ficou seduzido pelo que define como “delicadeza” do projeto. “A gente está vivendo uma época tão confusa, de tanto antagonismo, tanto ódio, que eu achei muito bacana uma fábula de amor, de solidariedade. ‘Klaus’, o filme, é isso. O Jesper parece não ter espaço no mundo. Faz tudo errado, provoca mil confusões, mas, no fundo, ele quer acertar. Não dá para não pensar na atual situação do mundo. Tanta gente abandonada, desempregada, subempregada”, compara. 

“Gente condenada a duvidar de si, a não se achar nada. Achei linda a história do sujeito que acha seu lugar no mundo. Quem não quer?”, diz o ator. Rodrigo estava nos EUA, num intervalo das gravações da nova série, “Reprisal”, que estreia em dezembro. Aproveitando um fim de semana de folga, trancou-se no estúdio. Tinha dois dias, terminou fazendo em três. “Dublagem é aquela coisa solitária. Você ali, fechado, tentando se adaptar a um tempo, a um ritmo que foi definido antes”, conta. 

Algo ainda se passou na vida de Rodrigo Santoro, recentemente. É pai de uma menina de dois anos. "Pensava nela enquanto fazia o trabalho. Aliás, fazer o trabalho me roubou algumas horas com ela”, reconhece.

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