Não fosse a pandemia, o Festival Cenas Curtas do Galpão Cine Horto aconteceria de forma presencial, mantendo os encontros e as trocas entre artistas, produtores e público, que sempre caracterizaram o evento. Porém, com o isolamento provocado pelo surto de Covid-19, a programação teve de ser repensada ainda no primeiro semestre deste ano. A partir desta quinta-feira (29), as atividades ganham as plataformas digitais e o festival irá acontecer online, com todas as adaptações que o meio exige. Até domingo (1º), espetáculos, leituras dramáticas, debates virtuais e exibição de performances compõem essa 21ª edição. (Acesse a programação completa aqui)

“Desde o primeiro semestre a gente se reinventou de tal forma a não cortar as iniciativas que redundam em criação de espetáculo e também no apoio a essas criações. Conseguimos manter o formato de algumas iniciativas, que apenas foram para o online”, afirma o ator, diretor e coordenador geral do Galpão Cine Horto, Chico Pelúcio.

Uma das atrações do Festival Cenas Curtas é o eixo “Cena-Espetáculo”, mostra competitiva que propôs a artistas e grupos a criação de breves rascunhos de cenas de 15 minutos e, agora, o Galpão Cine Horto exibe quatro delas em seu canal no YouTube, sempre às 20h. Uma produção será escolhida pela banca e pelo júri popular para receber o apoio da companhia e ser transformada em um espetáculo de longa duração. Os ingressos custam R$5 e dão direito a um voto. O Galpão Cine Horto finalizou um espetáculo de rua, que deve ser apresentado no fim deste ano conforme liberação das praças públicas pela Prefeitura de BH.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O 21º Festival Cenas Curtas já vai começar e temos um convite de ninguém menos que Chico Pelúcio, diretor geral do Galpão Cine Horto, especialmente para vocês. Olha aí o que ele tem a dizer e vem com a gente! A programação completa do festival tá lá no nosso site, o link tá na bio! - Agradecemos à Cemig e ao Instituto Unimed-BH, nossos Patrocinadores e à MGS, nossa apoiadora. São parceiros que apoiam as ações que estamos realizando aqui, com o objetivo de proteger o público e a sociedade durante a pandemia e manter o teatro vivo! ⠀ #21FCC #cenascurtas #cenascurtasgalpaocinehorto #festivalcenascurtas #cenascurtasbh #teatro #teatrobh #cultura #culturabrasileira #galpãocinehorto #grupogalpão #arte #artista #artescenicas #instateatro #emcartaz #dicasbh #culturabh #vemprogch #vemdemetro

Uma publicação compartilhada por Galpão Cine Horto (@galpaocinehorto) em

Em “Leituras do Confinamento”, atores e atrizes fazem uma leitura dramática ao vivo de alguns textos vencedores do concurso “Cenas do Confinamento”, que recebeu mais de 350 propostas de 10 países. Um júri selecionou 55 obras, cuja reunião deu vida ao livro virtual de mesmo nome, que pode ser baixado em PDF no site do Galpão Cine Horto. Outro destaque da programação é a live “Festivais de Cenas Curtas: O Encontro”, que promove o diálogo com produtores de festivais de Curitiba, Manaus e Santos. “Fizemos o que podíamos para não perder o espírito do encontro”, comenta Pelúcio.

Nesse sentido, vale a menção ao “Papo e Rolê”, programação que reúne, no sábado (31), personagens que ajudaram a criar o festival e gestores de espaços como Gruta e Zona Last, com direito a discotecagem dos DJs Sabará e Dan. A festa acontece pela plataforma Zoom e a senha será disponibilizada no Instagram do Galpão Cine Horto ao fim do papo. 

Em outro eixo do evento, o Cenas-Históricas, haverá a exibição de 16 cenas de trabalhos que passaram pelo festival de 2001 a 2018, entre eles “Milho Aos Pombos”, “Tanque”, Heinermusic, “Rolezinho” e “Por Elise”, que marca o nascimento do Grupo Espanca!.  Ainda sobre memória, o Cenas Curtas deste ano, numa programação associada à Mostra CineBH, traz o filme “Cenas Curtas 20 anos: A Festa dos Encontros”, de Marcos Coletta e Paula Dante. O documentário resgata a história do evento por meio de relatos de artistas, organizadores, técnicos, produtores e espectadores e compõe a programação da Mostra CineBH (clique aqui para assistir).

Para Chico Pelúcio, esse diálogo mais profundo com os meios digitais também deixará marcas na produção que virá no cenário pós-pandemia: “Estamos criando algo híbrido entre teatro e cinema, desde que seja ao vivo. A linguagem mistura o tempo presente do teatro e a linguagem e as tecnologias do audiovisual. Será uma nova opção para o teatro depois da pandemia. Além disso, o online nos possibilita chegar ao outro lado do mundo e ter um público maior”.