Belo Horizonte continua a ser a capital brasileira com maior inflação ao longo de 12 meses, de acordo com o IPCA-15, divulgado nesta quinta-feira (24). Assim como na média nacional, a prévia da inflação na capital mineira e região foi de 0,54%, mas quando se observa o acumulado a diferença é enorme.

Em BH, a inflação acumulada em 12 meses é de 6,04%, bem acima da média nacional de 4,47% e de cidades como São Paulo (4,69%), Rio de Janeiro (4,64%), Porto Alegre (3,67%) e Brasília (4,34%). Depois da capital mineira, a cidade com indicador mais alto é Fortaleza, com 4,88%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oito dos nove grupos apresentaram inflação: Habitação (1,56%), Alimentação e Bebidas (1,13%), Despesas Pessoais (0,48%), Vestuário (0,46%), Comunicação (0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29%), Educação (0,14%), e Artigos de residência (0,01%). Somente o grupo Transportes teve queda de 0,29%, por conta da redução nos preços das passagens aéreas e da gasolina. 

No grupo Habitação (1,56%), a energia elétrica residencial subiu 3,78% e provocou o maior impacto individual positivo no índice, em outubro: 0,15 ponto percentual (p.p.), por conta da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de outubro. Ainda no grupo, se destacaram os aumentos do gás de botijão (2,61%) e aluguel residencial (0,44%), com impactos, no índice geral, de 0,04p.p. e 0,02p.p., respectivamente.

Em Alimentação e bebidas (1,13%), tivemos alguns aumentos em destaque: a laranja-lima (18,89%), a laranja-pera (14,19%), o óleo de soja (8,87%), o café moído (6,82%), as carnes (5,57%) e o leite longa vida (1,64%).