Em 2025, comemorar o Dia Mundial do Chocolate, celebrado nesta segunda-feira (07/07), será mais caro do que no último ano. As barras de chocolate e os bombons ficaram 21,43% mais caras em 12 meses, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso quer dizer que o preço do doce aumentou quatro vezes mais do que a inflação, de 5,32%.

Em Belo Horizonte e região, o aumento foi menor, mas ainda assim superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e chegou a 14,81%. Até o chocolate em pó ultrapassou o índice, com uma alta de 18,13% no país e 19,81% em BH.

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A alta de preço é consequência de uma crise na produção de cacau. Em 2023, o El Niño, fenômeno climático que eleva temperaturas e modifica padrões de chuva, devastou as plantações de Gana e Costa do Marfim, que juntas produzem 70% do cacau globalmente.

“Uma alta tão expressiva do principal insumo gera impactos na indústria. Nem todo esse aumento, contudo, é repassado ao consumidor, mas é impossível absorver todos os custos”, justifica a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).

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Hoje, o governo brasileiro tenta reforçar a produção nacional de cacau para atender à demanda do mercado. O Plano Inova Cacau, iniciativa do Ministério da Agricultura com o setor público, projeta dobrar a produção até 2030. Hoje, o país produz cerca de 200 mil toneladas de cacau por ano, o que faz dele o sexto maior produtor mundial.