Terra conhecida pelo cultivo do café e pela produção de queijos, Minas Gerais tem despontado também em um segmento tradicional na Europa: a produção de azeites. Apesar dos desafios que o cultivo impõe, o estado registrou, em 2008, a primeira extração de azeite extravirgem de oliva brasileira em Maria da Fé, na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas - graças ao trabalho de pesquisa comandado pelo Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Em 2024, batemos recorde de produção na Região da Serra da Mantiqueira (Sul de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro). Foram 150 mil litros - sendo 60% produzidos em Minas. No entanto, a produção está longe de suprir a demanda nacional, de 100 milhões de litros de azeite por ano. O clima diferente do Mediterrâneo e a crise climática estão entre os desafios enfrentados pelos produtores. 

Mas, apesar das dificuldades e da produção ainda incipiente, o Brasil já acumula diversos prêmios internacionais - muitos deles conquistados por marcas fundadas por mulheres. As produtoras dão um show de inovação e criatividade no campo. Suas iniciativas incluem música clássica para as plantas. 

Como forma de complementar a renda e aproximar o público dos produtos, muitos produtores também têm investido no olivoturismo - um tipo de turismo rural. Mais ou menos parecido com que o ocorre nas vinícolas, os empresários investem em passeios nos olivais, degustações e até hospedagem!

A série "Azeite: o novo ouro de Minas" reúne histórias de produtores que têm acreditado fortemente na produção de azeite e levado inovação, sustentabilidade e pesquisa para o agronegócio. O conteúdo foi dividido em três episódios:   

Desafios da produção

Mulheres inovadoras e premiadas  

Turismo para gerar renda 

A produção dos textos foi feita pelos jornalistas Rodrigo Oliveira e Mateus Pena.