O governo federal publicou um edital de chamamento público para contratação de 3,1 mil vagas para o programa Mais Médicos. O texto consta no Diário Oficial da União desta terça-feira (02) e prevê oportunidades sob o regime de cotas para profissionais com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
Segundo o Ministério da Saúde, a partir do recrutamento dos profissionais por meio do edital, será possível estender a assistência em saúde pública para 10,6 milhões de brasileiros. Conforme a pasta, será concedida bolsa-formação de R$ 14.058 por mês. O valor poderá ser pago pelo prazo de 48 meses.
“Os percentuais das vagas válidas no novo edital obedecerão às exigências de cotas para concursos públicos, que prevê o mínimo de 20% de cotas étnico-raciais, e a lei de cotas para PCD, com o mínimo de 9%”, detalha o Ministério em nota. Podem participar da seleção profissionais brasileiros, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil continuam a ter preferência na seleção, de acordo com o governo.
O Mais Médicos foi retomado em 2023 com mudanças. Agora, os profissionais contam com oportunidades de especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O Mais Médicos é uma realidade e faz a diferença. Quando assumimos o governo, havia ainda 12 mil médicos. Com esse edital, nós retomamos a meta dos 28 mil médicos. Pela primeira vez o edital é feito seguindo a política de cotas aprovada em lei que é prioridade do Governo Federal. Cumprimos, assim, a nossa visão de inclusão”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, da Saúde, durante agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, na Bahia.