Com o início do ano letivo de 2025 se aproximando, o comércio da capital mineira já está sentindo os reflexos com a venda de material escolar. Para este ano, lojistas do ramo esperam um aumento de 5% a 6% nas vendas, conforme balanço divulgado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Na rede municipal de ensino, as aulas serão retomadas no dia 5 de fevereiro para mais de 190 mil alunos da capital. Já na rede estadual, os estudantes voltam às salas de aula a partir de 10 de fevereiro.
A dentista Romana Faria Gomes já iniciou a procura pelos materiais das duas filhas, de 7 e 13 anos, neste sábado (18 de janeiro). Ela conta que tem o hábito de ir às compras com antecedência para não faltar nenhum item da lista. Além disso, na avaliação dela, os livros didáticos costumam ser os que mais pesam no bolso.
Apesar de olhar os materiais escolares também na internet, Romana diz que, geralmente, compra presencialmente nas papelarias e livrarias. "Sempre damos uma olhada no preço, mas o preço está tabelado. Às vezes, algumas papelarias têm uma condição de pagar à vista, e dão desconto."
Estudante do 2° ano do Ensino Médio, Maria Clara Ribeiro, de 16 anos, também chegou a olhar valores dos materiais escolares on-line, mas concorda que os descontos têm feito a compra presencial compensar. Neste sábado, ela saiu em busca de itens essenciais, como cadernos e canetas.
"Os preços estão mais ou menos, mas estamos tentando economizar o máximo para ter um estudo legal esse ano."
Apesar das buscas por material já começarem, a expectativa é que se ampliem no final de janeiro e início de fevereiro, de acordo com Gustavo Silva, gerente da livraria João Paulo II, na Savassi. Além da venda de itens escolares, o estabelecimento também trabalha com troca de livros didáticos usados, o que, na avaliação de Gustavo, também deve refletir nas vendas da livraria.
"A procura de livros usados está bem grande, e deve também aumentar as nossas vendas."
A troca de livros é tradicional na livraria. Como explica Gustavo, eles trabalham com livros do 6° ano do ensino fundamental ao 3° do ensino médio, desde que estejam em bom estado. A troca pode ser feita todos os dias e, caso a pessoa não tenha algum item que queira em troca, o cliente recebe um vale para retornar e adquirir outras coisas.
"Nós fazemos a compra desses livros e abatemos nas listas escolares das quais os clientes precisam. Tem essa vantagem de trazer os livros usados e essa possibilidade de maior porcentagem de desconto na compra dos seus livros."
Aumento no material
Conforme o gerente da livraria João Paulo II, anualmente, os materiais escolares aumentam em, pelo menos, 5%. Assim, a troca por livros usados seria uma alternativa para conseguir descontos nos itens escolares.
Uma pesquisa do site Mercado Mineiro, divulgada dia 13 de janeiro, mostrou que alguns itens chegaram a subir até 32% em Belo Horizonte, como o caderno espiral capa dura - 96 folhas, que em 2024 custava R$ 11,91 e passou para R$ 15,78 em 2025. O levantamento avaliou 78 produtos em 11 estabelecimentos da capital mineira.