O rating da Usiminas foi revisado positivamente pela agência de classificação de risco Moody’s Local Brasil no final da última semana. A nota permanece AA+, mas a perspectiva de mercado mudou de estável para positiva. O indicador é importante para investidores avaliarem as vantagens e os riscos oferecidos por determinada empresa. Com a mudança, eleva-se a possibilidade de que a nota da Usiminas seja elevada eventualmente — a mais alta é a AAA.
A Moody’s argumenta que a perspectiva sobre a Usiminas melhorou, em primeiro lugar, devido ao término das obras de renovação do Alto-Forno 3 em Ipatinga, de volta à operação desde 2023. A agência também destaca que o setor siderúrgico foi beneficiado pelas medidas de antidumping contras as importações de aço chinês no Brasil, ponto de forte preocupação do segmento nos últimos anos.
“A perspectiva positiva reflete nossa expectativa que a Usiminas continuará entregando melhoras operacionais e incremento de margem, mantendo as fortes métricas de crédito e robusta liquidez”, diz a Moody’s, em comunicado ao mercado.
O documento não menciona a disputa judicial entre Ternium e CSN, duas das acionistas da empresa, sobre questões técnicas que se arrastam há mais de uma década e tiveram recentes desdobramentos.
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Por ora, não há horizonte de redução do rating da Usiminas, assegura a Moody’s. “Um rebaixamento é improvável dada a perspectiva positiva. A perspectiva pode ser revisada para estável se o desempenho da empresa se deteriorar significativamente, sem perspectivas de melhoria”, diz o texto.