A Cimed, farmacêutica com faturamento em torno de R$ 3 bilhões anuais, apresentou, nesta terça-feira (20), uma ferramenta de inteligência artificial para leitura de bulas de medicamentos. Chamada de Claud.IA, a nova funcionalidade traduz termos técnicos, simplifica bulas, ajuda no controle de horários.
A empresa diz que a ferramenta será uma assistente digital que funciona como o “Chat GPT dos medicamentos”, e será capaz de ler bulas em voz alta, explicar composição, efeitos colaterais e orientações de uso de forma acessível, com linguagem simples e adaptada a diferentes públicos. O foco, segundo a Cimed, está em pessoas idosas, com baixa escolaridade ou que enfrentam dificuldades com termos técnicos. Além disso, a IA também emite lembretes no horário de tomar o remédio, e ajuda a localizar a farmácia mais próxima.
“O nome “Cláudia” é uma homenagem à mãe dos irmãos João Adibe, CEO da Cimed, e Karla Felmanas, vice-presidente da companhia. Claudia, que faleceu em 2009, era farmacêutica de formação, e inspirou não apenas o nome, mas também a persona da assistente virtual, que tem como missão justamente cuidar, educar e facilitar o acesso ao conhecimento sobre medicamentos no Brasil”, explicou a Cimed.
A farmacêutica destacou que o desenvolvimento da Cláud.IA envolveu uma equipe multidisciplinar com farmacêuticos, linguistas, engenheiros de dados e especialistas em UX, que trabalharam para adaptar milhares de nomes de medicamentos e bulas em linguagem natural. A tecnologia utilizada tem como base inteligência artificial generativa, com a tecnologia do Google Gemini.
“A Cimed reforça que a Cláudia é apenas o início de uma nova fase para o setor farmacêutico, que passa a integrar soluções de alta tecnologia com impacto direto na educação em saúde, adesão ao tratamento e autonomia da população”, diz a empresa.