A menos de duas semanas para o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil começar a valer, o setor de mineração tenta esforços para reverter ou pelo menos minimizar a medida. Na tarde desta segunda-feira (21/7), o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) se reúne com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, para discutir ações do país na linha de frente dessa iniciativa.

Este será o segundo encontro do setor com Alckmin para debater o tema. As mineradoras preocupam-se com os efeitos das possíveis tarifas recíprocas do Brasil contra os EUA, possibilidade colocada pelo governo federal na mesa caso os norte-americanos não afrouxem o tarifaço. As mineradoras argumentam que dependem da importação de máquinas dos EUA, e que as tarifas recíprocas poderiam aumentar os custos da indústria em US$ 1 bilhão por ano.

Por ora, o governo federal afirma que não deixará de negociar com os EUA, mas já prepara um plano de contingência para proteger os setores mais atingidos pelas tarifas, como linhas de crédito e redirecionamento de produção.

Hoje, o saldo da balança comercial de minérios é positivo para os EUA — US$ 1,58 bilhão de produtos exportados pelo país e US$ 1,52 bilhão de produtos importados, de acordo com o Ibram. Em 2024, o Brasil exportou 4 milhões de toneladas de minérios para os EUA, o equivalente a 3,5% das exportações do setor.