Os economistas reduziram, pela oitava semana consecutiva, a previsão da inflação para este ano e mantiveram as projeções para o PIB, a taxa de juros e o dólar. O boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (21/7) mostra que os analistas ouvidos pelo Banco Central estimam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará 2025 a 5,1%, uma queda de 0,07 ponto percentual em relação ao levantamento da semana passada.

É a maior redução desde 16 de junho, quando houve uma diminuição de 0,19 ponto percentual. A previsão para o IPCA já caiu 0,4 ponto percentual desde o início da sequência de reduções. Em 26 de maio, a expectativa era de que a inflação encerrasse o ano em 5,5%.

Os economistas também reduziram a previsão do IPCA para 2026 (de 4,5% para 4,45%) e 2028 (de 3,81% para 3,8%). Com isso, a estimativa para o ano que vem fica abaixo do teto da meta oficial para a inflação, que é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Após seis meses consecutivos de descumprimento do alvo de inflação até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou em carta aberta que a inflação deve retornar ao intervalo de tolerância até o final do primeiro trimestre de 2026. O boletim indica que os especialistas não acreditam que a sobretaxa de 50% que o governo de Donald Trump promete impor sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto terá muito impacto na economia nacional.

Além da redução na inflação, os analistas mantiveram as previsões para o PIB, a Selic e o dólar. Eles estimam o crescimento da economia em 2,23%, diminuíram levemente para o próximo ano (de 1,89% para 1,88%) e mantiveram em 2% para 2027 e 2028.

O dólar permanece em R$ 5,65, e a Selic foi mantida em 15% ao final deste ano. Na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve se reunir, e a expectativa é que a taxa permaneça no patamar atual de 15%.