Uma pesquisa inédita e exclusiva do Global Real Estate & Infrastructure Institute, o GRI Institute, detalhou a visão do mercado sobre os segmentos de infraestrutura e energia em Minas Gerais. As informações foram levantadas junto a lideranças que participaram do evento Infra Minas GRI 2025, ocorrido em Belo Horizonte em 19 de agosto. 

O evento é um hub de discussão entre executivos e autoridades governamentais voltado à ampliação e melhorias de projetos de infraestrutura e energia em Minas Gerais. O vice-governador de MG, Mateus Simões, integrou o evento e participou de um painel sobre descarbonização. 

O estudo foi batizado de Termômetro Infra Minas 2025 e captou a percepção do mercado sobre o cenário de investimentos em Minas Gerais, identificando oportunidades e desafios para os próximos anos.

Fatores de atração de investimentos, setores com maior potencial, desafios prioritários e posição estratégica das empresas foram alguns dos pontos abordados. 

Confira os principais insights:

Setores que oferecem maior potencial de investimento em Minas Gerais para os próximos anos:

  • Rodovias e logística intermodal - 62,35%
  • Saneamento e infraestrutura hídrica - 52,94%
  • Mineração sustentável e cadeia do lítio - 50,59%
  • Energia solar e infraestrutura de transmissão - 32,94%
  • Infraestrutura social (saúde, educação, habitação) - 30,59%
  • Data centers, conectividade e infraestrutura digital - 25,88%
  • Transporte urbano e metropolitano - 9,41%

Principais fatores que tornaram MG mais atrativo para investimentos em infraestrutura e energia:

  • Melhoria na governança da estruturação de projetos - 60,49%
  • Abertura do estado ao capital internacional com protagonismo em agendas de atração de investimentos - 39,51%
  • Fortalecimento da previsibilidade contratual e redução da insegurança jurídica - 35,80%
  • Avanços na disciplina fiscal e previsibilidade orçamentária - 34,57%
  • Foco estratégico na transição energética e em novos polos produtivos - 30,86%
  • Promoção de desenvolvimento regional com visão territorial integrada - 25,93%
  • Destravamento de projetos represados por questões federativas ou jurídicas - 23,46%

Principais desafios para a infraestrutura em MG nos próximos anos e que precisam estar no centro da agenda pública:

  • Riscos político-eleitorais e continuidade de políticas públicas - 67,24%
  • Segurança jurídica e eficiência regulatória - 50%
  • Integração logística e fortalecimento da multimodalidade - 36,21%
  • Responsabilidade fiscal e capacidade de investimento do Estado - 36,21%
  • Universalização do saneamento básico 27,59%
  • Capacidade técnica e institucional para estruturar projetos atrativos e sustentáveis 22,41%
  • Expansão e modernização da transmissão e distribuição de energia - 18,97%
  • Resiliência climática e infraestrutura adaptada a eventos extremos - 15,52%
  • Transição energética e descarbonização da matriz produtiva - 8,62%
  • Fornecimento e beneficiamento de minerais críticos - 8,62%

Posição estratégica das empresas em relação aos novos investimentos no estado:

  • Expansão moderada - Manter ou ampliar investimentos de forma seletiva - 51,22%
  • Expansão acelerada - Aumentar significativamente a atuação e os aportes no estado - 26,83% 
  • Posição neutra - Monitorando o cenário antes de tomar novas decisões - 17,07%
  • Recuo estratégico - reduzindo ou encerrando operações no estado - 2,44%
  • Ajuste cauteloso - reduzir gradualmente a presença ou investimentos - 2,44%