O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) vai disponibilizar em breve R$ 200 milhões em créditos para os empresários mineiros afetados pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O recurso foi anunciado no fim de julho ao lado do governo de Minas - que já disponibilizou R$ 100 milhões via créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - e agora está em fase de operacionalização. “O recurso já está separado, orçado e garantido”, garante o presidente da instituição, Gabriel Viégas Neto.
O banco reservou uma linha de R$ 200 milhões com taxa de 0,9% ao mês, sem correção, com 60 meses de prazo e 12 meses de carência, totalmente voltada aos afetados pelo tarifaço. “Toda vez que tem uma crise, o BDMG acaba aparecendo. E tem de estar! Foi assim nas chuvas em janeiro, quando a gente lançou uma linha com taxa subsidiada para todas aquelas empresas que foram afetadas. E não diferentemente neste momento de cenário muito desafiador, com o tarifaço, nós já disponibilizamos”, diz.
De acordo com o presidente, a captação de recursos internacionalmente não foi afetada após as ações do presidente americano, Donald Trump. “A gente já tem uma longa história em captação de recursos com os multilaterais, então esse relacionamento não foi afetado pelo tarifaço. A gente continua trabalhando com eles, captando recursos normalmente”, garante. “Inclusive, a gente tem várias linhas em processo de negociação”, afirma.
“O BDMG realmente tem uma credibilidade junto ao mercado externo muito boa e a gente não tem a menor dúvida que a gente vai continuar operando de forma normal, sem que o tarifaço nos afete”, diz o presidente.
Gabriel Viégas Neto é o entrevistado desta quarta-feira (10/9) no Café com Política, no canal de O TEMPO no YouTube. Assista: