Sair de casa para tomar um cafezinho ficou mais caro em 2025. Segundo levantamento da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a Future Tank, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o item acumula alta de 15,36% no ano, liderando a inflação no setor.

Apenas em julho, o reajuste do café foi de 2,76%. O mês registrou aumento médio de 0,87% nos preços da alimentação fora do lar, que engloba principalmente restaurantes e bares. Foi o 44º mês consecutivo de alta e a maior variação mensal do ano, acima da inflação geral no período, que ficou em 0,26%.

O levantamento da ANR também mostra que, entre as 16 unidades da federação pesquisadas, 15 tiveram avanço nos preços, com Goiás no topo (+1,58%), seguido por Rio de Janeiro (+1,14%) e Rio Grande do Sul (+0,99%). Apenas o Pará apresentou recuo (-0,37%). 

Além do café, outros itens puxaram a inflação no setor em julho, como lanche (+1,90%) e outras bebidas alcoólicas (+0,88%). Em sentido oposto, doces (-0,99%) e vinho (-0,93%) registraram quedas no mês. No acumulado do ano, todos os produtos pesquisados ficaram mais caros, com variações que vão de 6,08% em Goiás a 3,02% no Acre.

Conforme análise da ANR, mesmo com diferenças regionais, a tendência de aumento contínuo nos preços se mantém, colocando o custo das refeições fora de casa acima do índice geral de inflação no Brasil.