Combustíveis

Aumento do diesel, gasolina e gás de cozinha começa a valer hoje: veja valores

Enquanto organizações de caminhoneiros discutem possível greve, Bolsonaro anuncia decreto para zerar impostos federais do diesel e do gás

Por Da Redação, com Agências
Publicado em 02 de março de 2021 | 08:48
 
 
 
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O novo aumento nos preços da gasolina, do óleo diesel e do gás de botijão vendidos nas refinarias começou a valer hoje (2) em todo o país. A gasolina ficará 4,8% mais cara, ou seja, R$ 0,12 por litro. Com isso, o combustível será vendido às distribuidoras por R$ 2,60 por litro. O óleo diesel terá um aumento de 5%: R$ 0,13 por litro. Com o reajuste, o preço para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,71 por litro. Já o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de botijão ou gás de cozinha, ficará 5,2% mais caro. O preço para as distribuidoras será de R$ 3,05 por quilo (R$ 0,15 mais caro), ou seja R$ 36,69 por 13 kg (ou R$ 1,90 mais caro).

Segundo a Petrobras, seus preços são baseados no valor do produto no mercado internacional e na taxa de câmbio.

Caminhoneiros
O quinto aumento do óleo diesel repercutiu entre os caminhoneiros e a possibilidade de novos protestos pelo país não é descartada pelas lideranças da categoria.  “Chegamos a um momento crítico onde a categoria dos trabalhadores do transporte não aguenta mais aumentos dos combustíveis, sem que o Governo nada faça em nosso favor”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, também conhecido como Chorão.

Ele foi uma das lideranças em destaque durante a greve dos caminheiros em 2018, no governo de Michel Temer. Questionado se pretende organizar uma nova greve dos caminhoneiros, Wallace afirmou que a Abrava precisa conversar com todos os estados para definir o que fazer, mas “sem dúvida a união da categoria fará toda a diferença”. “O impacto do quinto aumento consecutivo dos combustíveis na população brasileira é catastrófico, pois temos um efeito cascata em todos os produtos”, afirmou.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) – que representa mais de 600 mil caminhoneiros autônomos em todo o país – informou que enviou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro, na última sexta-feira (26), manifestando-se contra os sucessivos aumentos dos combustíveis anunciados pela Petrobras e pedindo uma reunião com o Governo Federal.

Em Minas, o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, diz que representantes dos tanqueiros de todo o país se reunirão na próxima quinta-feira (4) para debater possíveis ações contra os reajustes de preços praticados pela Petrobras. “Pode acontecer greve nacional, os sindicatos já estão dando sinal de paralisação”, aponta. 

A batalha do sindicato é pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrada pelo governo do Estado. Mas, a alíquota do ICMS continua a mesma — 15% para o diesel, 16% para o etanol e 31% para a gasolina. O aumento que passa a valer nesta semana é do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), o valor médio dos combustíveis no Estado contabilizado pelo governo de Minas. É sobre ele que as taxas são cobradas, e a nova alta é a oitava consecutiva. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) demanda que o cálculo seja congelado durante seis meses.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que deve publicar um decreto para zerar os impostos federais do gás de cozinha e o PIS e a Cofins do diesel pelo período de dois meses.

(Com Hellen Malta)

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