No bolso

Cerveja não resiste à inflação e fica até 13% mais cara em bares de BH

Preço médio dos tira-gostos também aumentou e porção de picanha, por exemplo, passa dos R$ 100, segundo levantamento do Mercado Mineiro

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 04 de julho de 2022 | 08:45
 
 
 
normal

A inflação chegou às prateleiras dos supermercados, às mensalidades escolares, ao combustível e não deixou os bares de Belo Horizonte de fora. Pedir uma cerveja em um boteco da capital ficou até 13% mais caro em um ano, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgado nesta sexta (4). Com a escalada de preços das carnes no açougue, os petiscos também ficaram mais caros nos bares e uma porção de carne de sol com mandioca, por exemplo, passa dos R$ 60, após ficar 29,3% mais cara. 

A pesquisa do Mercado Mineiro comparou os preços de 58 bares de BH e região, entre os dias 25 e 30 de junho deste ano, em relação aos valores de julho de 2021. As variações de preço são significativas, considerando-se as habituais diferenças de região e tradição de cada estabelecimento — uma caipirinha, por exemplo, custa de R$ 8 em um bar no São Geraldo, na região Leste da capital, a R$ 20 em bares do Santa Tereza, também na região Leste, e no São Pedro, na região Centro-Sul. 

Mas, independentemente das variações de valor e qualidade da oferta ao redor da cidade, a média de todos os preços aumentou. O chopp de 300 ml, opção de cerveja mais barata, aumentou pelo menos alguns centavos e o preço subiu 9,3%, de R$ 7,23 para R$ 7,90. A opção que mais encareceu foi a long neck de 275 ml da Stella Artois, que foi de R$ 7,86 a R$ 8,88, variação de quase 13%. 

A inflação oficial da cerveja, mensurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já comprova a elevação dos preços nos últimos 12 meses: a cerveja para consumo em casa ficou 9,4% mais cara e, para consumo em bares e restaurantes, 5,22%, segundo dados de maio de 2022. 

Confira o preço médio das opções de cerveja nos bares de BH de região:

  • Bohemia (600 ml): R$ 11,11
  • Brahma (600 ml): R$ 10,13
  • Brahma Duplo Malte (600 ml): R$ 10,92
  • Budweiser (343 ml): R$ 8,18
  • Heineken (600 ml): R$ 15,32
  • Original (600 ml): R$ 12,02
  • Serramalte: R$ 12,28
  • Skol (600 ml): R$ 9,37
  • Stella Artois (550 ml): R$ 13,77
  • Stella Artois (275 ml): R$ 8,88
  • Chopp (300 ml): R$ 7,90

Preço médio da porção de picanha passa de R$ 100

O preço médio da porção de picanha nos bares de BH e região chegou a R$ 101,35, um aumento de 27% em comparação à média de R$ 79,80 em junho de 2021. Agora, o menor preço localizado pelo Mercado Mineiro foi R$ 79 e o maior, R$ 170.

“Além de ter diferenças bem significativas entre os bares, o consumidor está tendo cada vez mais dificuldade de frequentá-los. A gente entende que eles ficaram fechados muitas vezes, acumulando prejuízo, e o aumento de custo também foi altíssimo, principalmente nos tira-gostos. Quando vamos poder voltar a ir aos bares com mais tranquilidade, tendo condições para consumir? Ir ao bar sem poder consumir o que quer é muito desagradável”, pontua o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.

O tira-gosto com menos aumento foi a porção de batata frita, hoje encontrada por uma média de R$ 23,67, aumento de 6,7% em relação aos R$ 22,18 de julho do último ano. A pesquisa completa e o endereço dos estabelecimentos consultados estão disponíveis no site do Mercado Mineiro. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!