Carnaval

Cervejas e refrigerantes subiram mais que a inflação

Folião pagará 10,89% mais caro pela bebida alcoólica neste ano que em 2014

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 14 de fevereiro de 2015 | 04:00
 
 
 
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O folião vai pagar mais pelas bebidas neste Carnaval que no do ano passado. Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as cervejas subiram 10,89% e os refrigerantes, 11,62% nos últimos 12 meses. Na média, as despesas com os produtos e serviços mais consumidos no Carnaval subiram 7,42%, entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2015. O patamar é próximo da inflação acumulada no mesmo período, que foi de 7,66%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV).

O jeito é usar a criatividade, e quem foi prevenido vai se dar melhor. O atendente Gilcimar Antônio, 28, optou por comprar e estocar as bebidas com antecedência. “Meu grupo de amigos se planejou e comprou as bebidas com antecedência, reduzindo os gastos. Com uma dose de criatividade, vamos aproveitar do mesmo jeito”, disse.

O assessor de imprensa Estevão Germano, 22, lamentou o aumento dos preços e busca alternativas à cerveja para aproveitar o Carnaval. “É triste ver que a qualidade dos serviços não cresceu na mesma proporção. Mas não dá pra dispensar a cerveja. O jeito é investir nos destilados”, comentou.

Entre os alimentos, o café da manhã ficou 14,90% mais caro e os doces e salgados, 12,20%. Já no grupo dos serviços, a tarifa dos hotéis aumentou 11,98% nos últimos 12 meses até janeiro de 2015.

O valor das passagens aéreas foi um dos poucos indicadores que regrediram na comparação com 2014, apresentando uma queda de 4,15% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O economista da FGV responsável pelo levantamento, André Braz, aponta que o pouco crescimento econômico do país não interfere diretamente nos preços. Ele ressalta que o comportamento dos preços não fugiu do previsto para o período. “O aumento dos preços no setor de serviços é uma tendência que estamos observando nos últimos anos, e isso se dá principalmente porque convivemos com uma taxa de desemprego baixa, o que leva as pessoas a mudarem um pouco seus hábitos e se tornarem mais reféns do setor de serviços, especialmente a alimentação. Cerveja e refrigerante são produtos que naturalmente têm um aumento maior que a taxa da inflação, pela alta carga tributária a que são submetidos”, disse.

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