Alunos sem histórico

Colégio Sant'Anna, em BH, fecha as portas e diretor ‘some’ sem dar satisfação

Segundo relato de pais de alunos, o colégio vinha apresentando problemas financeiros há muito tempo e o diretor do local teria “desaparecido sem dar satisfações meses atrás


Publicado em 15 de setembro de 2023 | 21:56
 
 
 
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O colégio particular Colégio Sant'Anna, localizado na região do Barreiro, em Belo Horizonte, fechou as portas nesta sexta-feira (15) e deixou pais de alunos sem saber o que fazer. Segundo relato de uma mãe que tem dois filhos matriculados na unidade de ensino, o colégio vinha apresentando problemas financeiros há muito tempo e o diretor do local teria “desaparecido” sem dar satisfações meses atrás. Além disso, a coordenadora do colégio teria pedido demissão nesta manhã.

Conforme relato da mãe, que pediu anonimato, no fim da tarde desta sexta, a coordenadora do colégio informou aos pais que, a partir de segunda-feira (18), não haverá mais aulas. O comunicado teria gerado revolta em pais de alunos, que acionaram a polícia e registraram um Boletim de Ocorrência coletivo por estelionato. Além do fechamento repentino, os pais reclamam de um material didático que foi pago e nunca entregue aos alunos. Uma mãe teria pago mais de R$ 1.900 em materiais para os dois filhos. Até o fechamento desta matéria, a ocorrência ainda estava em aberto na Polícia Militar.

Alunos sem histórico escolar

Com o colégio fechado, os pais estão sem saber como vão pegar o histórico escolar dos filhos para matriculá-los em outra instituição. Quem poderia emitir os documentos é o diretor, que está desaparecido e não atende o telefone. De acordo com relato da mãe de um dos alunos, nesta sexta, quem atendeu aos pais foi a filha do diretor, que disse não saber onde ele estava. Ela também não poderia emitir os documentos.

“Tomei um prejuízo, pois tive que matricular meu filho hoje às pressas em outra escola, mas não temos histórico, então ele corre o risco de perder o ano”, diz a mãe. 

“Falta papel higiênico”

Ainda de acordo com a mãe que não quis se identificar, os alunos estavam há meses estudando de forma precária. Nos últimos meses chegou a faltar até papel higiênico nos banheiros da escola. “A escola estava sem insumo básico, sem papel higiênico, sem sabonete”, diz a mãe. A festa junina foi remarcada por falta de verba. De acordo com a mãe, a mensalidade para um período de 13h às 17h15 era R$ 400.

A reportagem de O Tempo tentou entrar em contato com o colégio, mas os telefones fornecidos pela instituição encontram-se “fora de área”. Um e-mail foi enviado a um endereço que consta nas redes sociais da instituição. O espaço está aberto para manifestação.

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais também foi procurado pela reportagem, que aguarda retorno.

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