fecha a conta e passa a régua

Consumo de cerveja sem acompanhamento de tira-gostos fica mais comum nos bares

Novo hábito é uma forma das pessoas driblarem a inflação dos alimentos e bebidas


Publicado em 27 de janeiro de 2023 | 18:40
 
 
 
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Muitos brasileiros estão deixando de pedir tira-gostos e petiscos para acompanhar a cerveja nos bares. É o que mostra o novo relatório trimestral Consumer Insights do Instituto Kantar, divulgado nesta sexta-feira (27). De acordo com este levantamento, o consumo apenas de bebidas cresceu 15% no país durante a semana e 22% nos fins de semana em setembro de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021.

Este novo hábito é uma forma dos brasileiros driblarem a inflação dos alimentos e bebidas, segundo o economista e professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Kanter. “Nos grandes centros, o preço das refeições e das bebidas encareceu e quando você sai para beber e comer, dificilmente gasta menos de R$ 100. Então você pode fazer isso uma vez ou outra”, afirma. 

Uma pesquisa do site Mercado Mineiro, de outubro de 2022, confirma que os preços dos tira-gostos e das bebidas subiram muito em Belo Horizonte. A maior alta foi observada no preço médio na porção de contra filé, que passou de R$ 44,19, em outubro de 2021, para R$57,59 um ano depois, um avanço de 30%. A porção da picanha ficou 13,80% mais cara e subiu de R$ 68,55 para R$ 78,01. Já o preço médio da porção de fritas aumentou 12,91%, de R$ 19,97 para R$ 22,55.

Entre as bebidas, o refrigerante em lata de 350 ml encareceu 11%, de R$ 4,74 para R$ 5,26 de 2021 para 2022. O preço médio da caipvodka subiu de R$ 13,82 para R$ 14,79, uma alta de 7%. 

Nas cervejas, também houve acréscimos. O valor médio da Heineken de 600 ml passou de R$ 12,20 em outubro de 2021 para R$ 13,82 um ano depois, alta de 13,27%. A cerveja Original de 600 ml subiu de R$ 10,27 para R$ 11,05, o que representa um avanço de 7,56%. Já a Stella Artois de 275 ml ficou 8,18% mais cara, de R$ 7,03 para R $7,60. A cerveja Budweiser de 343 ml teve alta de 7,85%, de R$ 6,96 para R$ 7,51.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG) alega que todos os insumos utilizados pelo setor ficaram mais caros, como carne, óleo, arroz e bebidas. Alguns produtos básicos chegaram a ter alta de 60% e, segundo a Abrasel, os bares fizeram um repasse bem menor aos consumidores.

Lanches fora de casa

Ainda segundo o novo relatório Consumer Insights do Instituto Kantar, o consumo fora do lar avançou em todos os segmentos alimentícios em setembro de 2022, mas cada vez mais frequente nas ocasiões de lanches, com destaque para coxinhas, chocolate e sorvetes, que representaram um crescimento de 20%.

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