Dieese lança especial com indicadores econômicos do Brasil entre 1995 e 2021

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou um estudo que mostra os indicadores econômicos do Brasil entre as séries históricas de 1995 a 2021. A pesquisa revela gráficos com as trajetórias de índices selecionados, que auxiliam no entendimento da mudança da situação econômica e social do Brasil entre os anos citados. O material é disponibilizado para a população em geral no site do Dieese. 

O estudo foi dividido em três partes. Na primeira, os índices mostram como andou a saúde financeira do país ao longo das últimas décadas. Pegando como base os argumentos que dizem que, em determinado período, o Brasil esteve “quebrado”, dados revelados, como por exemplo: dívida externa líquida; resultado primário do governo federal; despesas da União, dentre outros, permitem avaliar tal afirmação.

Na segunda etapa, os indicadores respondem à pergunta: o que ocorreu com o crescimento econômico e com os preços neste período? “Períodos de crescimento, em geral, favorecem a melhoria das condições de vida da população. Essa melhoria, entretanto, também depende de outros fatores. Entre esses fatores, podem ser citados o nível e a trajetória dos preços dos bens e serviços ao consumidor, que podem comprometer o consumo da maioria das famílias,” destacou a pesquisa ao analisar a inflação; taxa de juros; evolução do PIB; consumo das famílias, etc. 

Já na terceira e última parte, o Dieese mostra como essas alterações repercutiram sobre o mercado de trabalho e as condições de vida da população. “Os níveis de emprego e renda dos trabalhadores são indicadores importantes para conhecer a qualidade de vida da população. As decisões de política econômica, as leis, a ação coletiva da classe trabalhadora, entre outros fatores, afetam diretamente essas dimensões da vida social,” enfatizou a entidade. Nesta etapa, foram examinados os seguintes indicadores: taxa de desemprego; salário mínimo real; participação dos salários na renda nacional; parcela da população com algum tipo de insegurança alimentar, e outros. 

De acordo com o economista Paulo Jäger, supervisor do Dieese do Rio de Janeiro, o levantamento é uma contribuição ao debate público. “A nossa intenção foi produzir um material que apresentasse de forma simples, autoexplicativa, o conjunto de informações sociais e econômicas que permitissem às pessoas refletirem sobre o que vem acontecendo com o país e chegassem às suas próprias conclusões,” afirmou.