Atual presidente do Banco dos Brics, ou Novo Banco de Desenvolvimento, a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff afirmou que os países que integram o grupo irão ter participação no Produto Interno Bruto (PIB) global maior do que os países do G7 em 2028. Segundo ela, em paridade de poder de compra já superou em 2023.
A declaração foi feita na terça-feira (13/02) durante a participação de Dilma no World Government Summit, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A ex-presidente assumiu o comando do banco em março do ano passado. A instituição é gerida pelos países membros do Brics (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Serão esses cinco países que, na projeção de Dilma Rousseff, terão participação no PIB global maior que os membros do G7, formado hoje por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
Segundo agências internacionais de notícias, a presidente do Banco dos Brics se pautou na previsão em números do Fundo Monetário Internacional (FMI) para afirmar que, atualmente, os países do Brics já representam 31,5% do PIB global em paridade de poder de compra, superando o G7, que tem 30,8%. A China, membro do Brics e não integrante do G7, é o principal fiel dessa balança, já que é a segunda maior economia do mundo atualmente.
O cálculo usado pela ex-presidente brasileira se refere ao sistema conhecido como PPC (paridade de poder de compra) ou, em inglês, PPP (purchasing power parity). Em vez de simplesmente converter os valores dos PIBs para o dólar pela taxa de mercado, usa-se uma combinação de fatores no PIB pela paridade de compra no país de origem.
Segundo dados do FMI, dos dez maiores PIBs do mundo em 2023, três são dos Brics, com o Brasil em nono lugar, e sete são do G7.
Confira o ranking das maiores economias (PIB) do mundo, segundo levantamento do FMI:
- Estados Unidos – US$ 26,95 trilhões
- China – US$ 17,7 trilhões
- Alemanha – US$ 4,43 trilhões
- Japão – US$ 4,23 trilhões
- Índia – US$ 3,73 trilhões
- Reino Unido – US$ 3,33 trilhões
- França – US$ 3,05 trilhões
- Itália – US$ 2,19 trilhões
- Brasil – US$ 2,13 trilhões
- Canadá – US$ 2,12 trilhões
- Rússia – US$ 1,86 trilhão
- México – US$ 1,81 trilhão
- Coreia do Sul – US$1.71 trilhão
- Austrália – US$ 1,69 trilhão
- Espanha – US$ 1,58 trilhão
- Indonésia – US$ 1,42 trilhão
- Turquia – US$ 1,15 trilhão
- Holanda – US$ 1,09 trilhão
- Arábia Saudita – US$ 1,07 trilhão
- Suíça – US$ 905 bilhões