O projeto Diversão em Cena, de responsabilidade da Fundação ArcellorMittal, vai selecionar projetos culturais em 60 comunidades de Minas Gerais e de outros Estados do Brasil para receber um financiamento. O aporte, que pode chegar a R$ 6 milhões, diz respeito ao edital 2022 do programa, aberto em julho, e que terá o resultado divulgado em 10 de outubro. A expectativa é democratizar o acesso da população às apresentações teatrais, que podem ser gratuitas ou a preços populares.
Em entrevista ao Alerta Super, da Rádio Super 91,7 FM desta terça-feira, o diretor superintendente da Fundação, Herik Pires Marques, destacou que mais de 120 projetos foram inscritos e serão avaliados por uma equipe de curadoria, externa à organização, que vai selecionar os trabalhos inscritos a partir de critérios estabelecidos. A execução dos trabalhos será em 2023.
O Diversão em Cena é patrocinado pela Fundação ArcelorMittal por meio das Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura. A realização acontece em parceria com os grupos e produtores culturais selecionados pelo projeto. “A gente acredita muito no poder de transformação da cultura. A gente tem um programa hoje que a gente pode dizer que é o maior programa de formação de público do teatro infantil no Brasil. E no poder que a gente tem de levar teatro através dos produtores para diversas comunidades, municípios, cidades”, ponderou.
Conforme o diretor, o grande objetivo, além de democratizar o acesso à cultura “a lugares onde a arte não chegaria”, é valorizar o trabalho dos artistas. Neste sentido, a Fundação também desenvolve o programa Forma e Transforma, que visa, justamente, apoiar os produtores culturais que estão fora dos grandes centros urbanos. Atualmente, a iniciativa está sendo aplicada em João Monlevade.
“A gente tem duas formas de atuar: temos o espetáculo que vai para o interior que tem 4 mil habitantes, que monta uma estrutura ali na praça e são espetáculos de qualidade e com regularidade e continuidade, esse é um lado. O outro lado que a gente utiliza esses recursos é para formação de produtores e artistas. Quem está começando na carreira artística e a gente ensina por meio desse projeto, o Forma e Transforma, a gente vai para a formação de artista e também de produtor de como ele pode captar recursos, de como ele pode sobreviver a partir da sua arte. Ele capta (recursos), começa a fazer espetáculos e depois ele pode inclusive fazer parte do Diversão em Cena”, complementou Herik.
O Diversão em Cena já soma mais de mil e trezentos espetáculos pelo país e foi prestigiado por mais de 780 mil pessoas. Em 2021, foi realizada a primeira edição do edital, que criou uma comissão externa com profissionais referência em cada área definida para a seleção dos projetos, e isso se manteve para essa edição.
Este é o segundo ano consecutivo que o Diversão em Cena lança um edital para compor a programação do ano seguinte. Os recursos serão divididos em duas categorias: Circulação de espetáculos já montados, com limite de R$ 500 mil por projeto selecionado, e Circulação de espetáculos inéditos, com limite de R$ 800 mil por projeto.
Puderam se inscrever Pessoas Jurídicas de todo o país que têm projetos aprovados na Lei Federal de Incentivo à Cultura. O patrocínio aos projetos selecionados no edital será feito ainda em 2022, e a execução das iniciativas ocorrerá no período de 24 meses a partir da assinatura do contrato.
Há mais de 30 anos a Fundação ArcelorMittal contribui para a formação cidadã de crianças e jovens. Além de aplicar as melhores práticas de gestão na área social, a Fundação se dedica a compartilhar conhecimento e inovação nos eixos prioritários de educação, cultura e esporte por meio de parcerias, investimentos e ações diretas.
Apenas nos últimos três anos, de 2019 a 2021, a Fundação ArcelorMittal investiu R$172,7 milhões nessas áreas, entre recursos próprios e Leis de Incentivo. “Tem uma série de etapas para serem cumpridas, para prestação de contas, para garantir que aquele recurso chegue e se transforme naquilo que está sendo proposto para a sociedade. A gente acompanha muito de perto, é um processo sério e muito correto”, argumenta o diretor superintendente.