A Polícia Federal prosseguiu na manhã de ontem com a operação Guizé, que, desde o começo deste ano vem desmantelando uma quadrilha especializada na prática de crimes financeiros que atua em todo o país.
A PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, na residência de Carlos Henrique Vieira, presidente da Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda. A empresa é investigada por crimes financeiros e por lesar mais de 2.000 investidores em um rombo que pode chegar a mais de R$ 50 milhões. Outro mandado foi cumprido na empresa Fator X Consultoria, que estaria funcionando em nome de um "laranja" do presidente da Filadélphia.
Em 2009, a empresa já havia sido alertada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de que os três responsáveis por ela, Carlos Henrique Vieira, Rosa Cristina Nagib Vieira e Marilice Pimentel da Silva estavam impedidos de oferecer serviços de aplicações em fundo de investimento. Na época, a CVM chegou a estipular uma multa diária de R$ 5.000 caso a determinação fosse descumprida. Em nota, a CVM explicou que um eventual valor recuperado não iria ser utilizado na indenização dos investidores. Quem foi lesado pela Filadélphia deve procurar o Poder Judicário.
Operação. A ação da PF contra o esquema de pirâmide financeira da Filadélphia começou no dia 31 de janeiro, quando foram expedidos oito mandados de prisão temporária, 18 mandados de busca e apreensão e 60 mandados de arresto de bens e imóveis, veículos e bloqueio de contas bancárias.
Os investigados ainda serão indiciados, processados e julgados. Caso condenados, eles poderão pegar penas que variam entre 26 e 90 anos de reclusão, além de multas. Embora tivesse sede em Lagoa Santa, a Filadélphia agia praticamente em todo o Brasil, tendo representantes em 50 cidades de 23 Estados.
PF desarticula esquema pirâmide financeira em MG
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Lagoa Santa
