O preço médio da carne bovina em Belo Horizonte teve uma redução entre agosto e setembro de 2022 e, em geral, os cortes estão mais baratos em relação ao início deste ano. As carnes de porco e frango também tiveram queda no último mês. Por outro lado, elas acumulam altas desde janeiro, segundo levantamento do site de pesquisa Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (19). Por enquanto, a visita ao açougue ainda é um desafio para as finanças do consumidor e, não à toa, o consumo de carne de boi no Brasil é o menor desde 1996 em 2022.
“A carne bovina tem uma queda bem significativa em relação ao início do ano, mas vale lembrar que tivemos um aumento muito significativo durante a pandemia. Então há muita gordura, em matéria de preço, para se queimar para que ela volte a patamares anteriores. O que ocorre hoje é que, normalmente, a carne bovina, mesmo com queda, custam, em média, duas vezes o quilo da média da carne de porco, então ela ainda é um artigo de luxo para o consumidor brasileiro”, analisa o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.
O corte bovino mais barato, o acém, custa, em média, R$ 31,51 — o preço ficou praticamente estável desde agosto e teve uma queda de 2,49% em relação a janeiro, quando era quase R$ 1 mais alto.O chã de dentro também teve redução de alguns centavos no último mês e de 3,96% desde janeiro. Hoje, a opção custa, em média, R$ 41,57. A picanha teve uma queda mais significativa, de 8,8% em comparação ao início do ano e, agora, custa R$ 65,21.
Os cortes suínos ficaram pelo menos alguns centavos mais baratos no último mês, mas alguns permanecem mais caros do que no começo de 2022. O maior aumento nesse período foi do toucinho comum, que ficou 22,37% mais caro e chegou à média de R$ 12,18. A opção mais cara de carne de porco é a costelinha, com uma média de preço de R$ 21,38. Ela está 3,03% mais barata em comparação a agosto, mas 2,06% mais cara em relação a janeiro.
O preço do frango teve variações maiores neste ano, embora tenha diminuído no último mês. O quilo do peito resfriado custa, em média, R$ 15,51 — em janeiro, era R$ 13,22, 15,33% menor. A coxa e a sobrecoxa, alternativa mais barata, sai por R$ 12,62, após uma redução de 4,43% em um mês e aumento de 5,03% desde janeiro.
As variações de preço, como é tradicional nos levantamentos do Mercado Mineiro, continua considerável e passa de 100% em alguns casos. A asa resfriada, por exemplo, custa de R$ 13 a R$ 26,95 e a bisteca suína é encontrada de R$ 12,88 a R$ 28,88. O levantamento consultou 39 estabelecimentos entre os dias 13 e 14 de setembro. Os endereços e o preço apurado em cada um deles pode ser consultado no site do Mercado Mineiro.