Após uma sequência de baixas, o preço da gasolina voltou a subir em postos de Belo Horizonte e região metropolitana em novembro e o litro do combustível já se aproxima dos R$ 5, patamar observado em agosto. Em alguns estabelecimentos, inclusive, a cifra praticada já supera este valor. De acordo com pesquisa do site Mercado Mineiro, a alta verificada foi de 2,32% entre os dias 21 de outubro e 23 de novembro. 

O encarecimento ocorreu mesmo sem um reajuste oficial pela Petrobras e com o barril de petróleo em tendência de queda no mercado internacional. Atualmente, o preço médio é R$ 4,91, ante aos R$ 4,80 observados anteriormente. Mas apesar da elevação nos valores, a pesquisa é válida para o motorista que quiser economizar. O levantamento apurou que a variação no preço chega a 11,60%. A menor cifra encontrada foi R$4,74 e a maior R$5,29. 

Já para o etanol, também foi verificado um crescimento nos valores. Desde outubro, o Mercado Mineiro observou uma alta de 7,51%, com o preço médio saindo de R$ 3,63 e chegando a R$ 3,90. Atualmente, segundo o levantamento, o derivado da cana segue não sendo viável ao consumidor. O preço do etanol corresponde a 80% à gasolina. O indicado é que ele seja usado, apenas, quando o percentual fique abaixo de 70%. 

Administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu explica que o encarecimento nos combustíveis está relacionado, principalmente, à entressafra da cana de açúcar. “O custo do etanol está maior, tanto que está subindo bastante. E quando a gente lembra que parte da composição da gasolina, também tem álcool, que é o etanol anidro, isso interfere também nos 27% de composição”, lembrou. 

Abreu também lembrou a baixa na cotação do barril de petróleo no mercado internacional. Segundo ele, a tendência é de que a movimentação tenha impacto no Brasil, com uma redução nos valores da gasolina se a Petrobras seguir a política de Preço de Paridade de Importação (PPI).

“A gente tem uma queda bem satisfatória no preço do barril de petróleo. Hoje está custando US$ 81 em média. Então pode ser que a gente tenha um recuo da gasolina se a Petrobras mantiver  a política dela de acompanhar o mercado externo. Mas para o momento o etanol está sendo o grande problema, tanto que corresponde a 80% do valor da gasolina pelo preço médio. Então ele não é viável. E fora isso, deixa a gasolina um pouco mais cara no momento”, atestou Feliciano. 

Gás natural 

Na contramão do etanol e da gasolina, o custo do gás natural veicular (GNV) aos motoristas diminiu, segundo o Mercado Mineiro. O metro cúbico tem preço médio de R$ 4,96 na Grande BH, contra os R$ 5,30 verificados nos últimos meses. A variação é de 5,78%, flutuando entre R$ 5,19 e R$ 5,49. 

Diesel 

Combustível motor da economia, o diesel registrou se manteve estável entre os levantamentos do Mercado Mineiro feitos entre outubro e novembro. O preço médio caiu R$ 0,01, saindo de R$ 6,68 para R$ 6,67. “O menor preço do litro do Diesel é de R$6,39 e o maior R$7,39, uma variação de 15,65%”, destaca o levantamento.