Reajuste da tarifa de água, IPTU e empregado doméstico sobem custo de vida em BH

O custo de vida em Belo Horizonte avançou 2,04% no mês de janeiro, o que fez a inflação acumulada na cidade nos últimos 12 meses chegar a 6,37%. O levantamento é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

Segundo a pesquisa, o que mais contribuiu para o aumento no indicador foi o gasto com empregado doméstico, que teve alta de 7,43%; IPTU, (5,90%), viagens (10,20%); dentre outros. O reajuste na tarifa de água (15,70%), que normalmente ocorre no meio do ano, é outro destaque da alta, uma vez que a Copasa decidiu aplicar os novos preços no início de 2023. 

“Historicamente, a inflação em Belo Horizonte no mês de janeiro é sempre mais alta em relação a outros períodos. Este ano não foi diferente,” destacou Eduardo Antunes, gerente de Pesquisa do Ipead. 

O preço da cesta básica também sofreu aumento de 0,62%, passando a custar R$ 715,92. É a quinta alta consecutiva desde setembro de 2022. Os principais alimentos responsáveis por esse aumento foram: o tomate, que subiu 17,54%; a batata inglesa (14,13%) e o feijão carioquinha (4,83%). Já do outro lado, os produtos que tentaram frear o ritmo de aumento foram: o leite pasteurizado, que caiu 6,84%; o chã de dentro, (4,17%); e a banana caturra (3,14%). 

Material escolar 

O gasto com material escolar pesa no orçamento das famílias logo no início do ano. Por isso, a pesquisa mostrou que 84,51% dos mineiros pretendiam adotar alguma estratégia para economizar na hora da compra. O estudo mostrou que, neste ano, as estratégias mais adotadas para reduzir os custos foram: pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos (61,97%) e reutilização do material escolar do ano anterior (50,70%). A maioria dos entrevistados fará o pagamento das compras com cartão de crédito.