Inflação

Sacolão fica até 138% mais caro em BH; confira os maiores aumentos

Fenômenos climáticos pressionaram preços entre o final de 2023 e o início de 2024

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 22 de janeiro de 2024 | 10:09
 
 
 
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Fazer compras no sacolão em Belo Horizonte em janeiro deste ano pode ser um susto para o consumidor. A maior parte dos preços aumentou nos últimos dois meses. O site de pesquisa Mercado Mineiro avaliou 20 estabelecimentos e encontrou aumentos de até 138%.

“O calor do final do ano passado e, depois, as fortes chuvas, acabam prejudicando muito os preços e a produção, obviamente. O que preocupa também é o custo dos restaurantes, porque eles vêm sofrendo muito com o aumento dos preços de frutas e verduras, sem falar no arroz e no feijão, que estão em disparada”, introduz o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. 

A cenoura foi o alimento com alta mais acentuada desde novembro, de 138%. A média do quilo passou de R$ 4,36 para R$ 10,38. Em seguida, está a alta da batata, de 59,2%, de R$ 6,49 para R$ 10,33.

Entre as frutas, a que ficou mais cara foi o abacaxi, cujo quilo passou de R$ 7,08 para R$ 8,93, aumento de 26%. Depois, foi a banana prata, com alta de 21,4% — de R$ 7,03 para R$ 8,54. Também houve baixas pontuais: o limão-taiti ficou 35,6% mais barato e caiu de R$ 5,84 para R$ 3,76. Já o preço das verduras ficou praticamente estável no período.

Em dezembro, a inflação calculada pelo IBGE ficou em 0,56%, bem maior do que os 0,28% de novembro. O índice foi puxado especialmente pelos itens de hortifruti, muito prejudicados pela chuva e pelo calor excessivos. Mas Diogo Santos, economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), da UFMG, explica que esse cenário já era esperado no último mês do ano.

“De forma geral, a inflação é maior nos primeiros e últimos meses do ano. Especificamente em dezembro, em Belo Horizonte, vimos que as chuvas e temperaturas elevadas provocaram uma certa dificuldade na produção e colheita. Chegaram menos produtos aos sacolões e a demanda não diminuiu. Então, isso pressiona os preços”, argumenta. 

Confira o levantamento completo no site do Mercado Mineiro.

Com Cinthya Oliveira.

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