BRASÍLIA - A criação de um “banco do crime” por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC),que movimentou R$8 bilhões, é investigada pela Polícia Civil de Mogi das Cruzes, em São Paulo. O esquema criminoso reuniu ainda outras 19 empresas para financiar candidaturas nas eleições municipais em cidades do Estado. 

De acordo com as investigações, reveladas pelo portal Uol, o banco seria uma espécie de fintech e era utilizado também para lavar dinheiro. As movimentações financeiras beneficiaram, pelo menos, três candidatos em Santo André, Ubatuba e Mogi das Cruzes.  

Reportagem de O TEMPO Brasília, publicada neste domingo (1), mostrou que o PCC é um dos temas centrais da campanha eleitoral em São Paulo. Quase todos os candidatos a prefeito da maior cidade do país citam o grupo criminoso em debates ou em suas peças publicitárias. Seja para atacar adversário, seja para defender política de segurança pública.

Ainda há a preocupação da Justiça com candidatos financiados pela maior facção criminosa do país. Operações policiais recentes identificaram alguns suspeitos, além de prender vereadores em mandato. E um dos que têm o PCC supostamente ligados à sua campanha é o influenciador Pablo Marçal do PRTB.

Ex-presidente do partido em São Paulo, Tarcísio Escobar de Almeida foi indiciado pela Polícia Civil por tráfico de drogas e associação ao crime organizado. Escobar trocava carros de luxo por cocaína para o PCC, financiando o tráfico de drogas e dividindo os lucros com a facção, segundo a investigação.

Além disso, Avalanche afirmou, em um áudio revelado pela Folha de S.Paulo, que mantém vínculo com a facção paulista. A revelação atingiu em cheio Marçal, que vem usando discursos agressivos contra os adversários, com muitos ataques pessoais, sem prova alguma, mas que viralizam nas redes sociais com recortes de declarações dele durante os debates na TV.