Durante o debate entre candidatos para a Prefeitura de Belo Horizonte promovido pelo jornal O TEMPO, o deputado estadual Bruno Engler (PL) apontou que a administração municipal da capital mineira não tem avanços por conta de problemas de corrupção, politicagem e falta de inovações tecnológicas. A participação do postulante no encontro ainda foi marcada por críticas contra as gestões do PT a nível federal e estadual, após ser questionado por Rogério Correia (PT) sobre faltas do parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e sobre o sistema eleitoral, entre outros pontos.

A fala sobre os problemas na PBH ocorreu nas considerações finais do candidato, que apontou que, com o orçamento de quase R$ 20 bilhões, a administração municipal “não pode prestar o serviço de má qualidade que vem prestando hoje”. “Eu vou fazer um raio-x da prefeitura, auditar todos os contratos da PBH para entender para onde está indo o dinheiro do belo-horizontino, porque, se estancar o ralo da corrupção, sobra dinheiro para o que realmente precisa, que é saúde, educação, segurança e mobilidade.”

O segundo problema apontado pelo candidato se relaciona à indicação a cargos públicos, que seriam formas de “pagar faturas políticas”. Ele aponta que, em uma eventual gestão, indicaria pessoas técnicas para os cargos de secretariado. Por fim, Engler defendeu o investimento em soluções de inovação para melhorar o serviço público em Belo Horizonte. “Ainda está preso no século 20”, diz, exemplificando, em seguida, sua proposta para usar tecnologia para melhorar o trânsito na cidade.

Essa ideia também foi abordada durante pergunta que o candidato fez ao senador licenciado Carlos Viana (Podemos). “Eu digo que Belo Horizonte é a capital mundial do sinal vermelho”, pontuou. O candidato propõe o uso de inteligência artificial para integrar o sistema semafórico da cidade e reduzir os gargalos no trânsito.

Embate com petista

No debate, Rogério Correia foi sorteado para fazer uma pergunta a Engler. O petista afirmou que o deputado estadual teve alta taxa de ausência durante seu mandato na ALMG. As falas irritaram o candidato do PL, que rebateu com novas críticas ao PT. “Petista é assim, quando não está roubando, está mentindo; quando não está mentindo, está roubando”, disse Engler. “Eu não sei de onde Rogério tirou esses números, se tirou da cabeça dele, se estava muito doido, se estava usando alguma substância”.

Ao final do debate, Engler fez um balanço positivo sobre o encontro promovido por O TEMPO, apesar de lamentar a ausência do atual prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), e as “alfinetadas” feitas por Correia. “Tivemos que rebater algumas mentiras do PT, mas é natural, o PT está sempre mentindo mesmo, e tivemos a oportunidade de falar de mobilidade com o candidato Viana. Então, acho que foi bacana nesse sentido de poder falar um pouco do projeto que temos pra BH.”

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