Café com Política

Nome do vice segue indefinido e aliança com a esquerda é difícil, diz Viana

Fabiano Cazeca foi especulado para compor a chapa com Viana, mas o empresário tem outros planos

Por O Tempo
Publicado em 17 de abril de 2024 | 11:30
 
 
 
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Pré-candidato do Podemos à Prefeitura de Belo Horizonte, Carlos Viana afirmou nesta quarta-feira (17), em entrevista ao Café com Política, da FM O Tempo 91,7, que não tem pressa para definir o nome do pré-candidato a vice em sua chapa. O senador admitiu que conversou com Fabiano Cazeca sobre esta possibilidade, mas que o empresário e advogado tem outros planos.  

"Nós chegamos a conversar, é um excelente nome, mas ele tem o sonho de se tornar deputado. E há a possibilidade de, como suplente, ele assumir no ano que vem caso um dos deputados seja eleito prefeito na região metropolitana. Ou seja, ele tem um planejamento específico. Foi uma boa conversa, é um bom apoiador", explicou.

Segundo Viana, já há uma costura para que o vice seja indicado pelo Republicanos. "O vice, eu espero que venha do Republicanos, que é um acordo que temos desde o início. É um partido importante para nós, isso foi feito em âmbito nacional, da presidência do Podemos com a presidência do Republicanos. Envolve, inclusive, a Câmara dos Deputados. É uma questão deles lá. Mas não tem pressa, o importante para mim era a segurança jurídica que eu ganhei no Podemos e a possibilidade de o partido estar unido em torno da minha candidatura", pontou o senador, que também abriu a possibilidade de se licenciar do cargo durante a campanha.

"Há um pedido do meu suplente (Castellar Guimarães Neto). Acho justo, não acho fora de possibilidade, desde que a gente tenha todo o Podemos, inclusive as chapas todas que estão sendo montada de vereadores, em apoio ao meu nome. Isso já está praticamente acertado, agora é uma questão só de bater o martelo e caminhar".

Problemas com Aro foram contornados

Para que sua pré-candidatura fosse confirmada, o senador disse que conversou com lideranças do Podemos e aparou antigas arestas com o secretário da Casa Civil, Marcelo Aro, líder do grupo político do qual o partido faz parte.   

"O meu  desejo, desde o início, era ficar no Podemos, e fiquei porque acertei com a executiva do partido, o controle da executiva municipal. Conversei bastante com a deputada Nely (Aquino), que é a presidente do partido. Conversei, inclusive, com o secretário (da Casa Civil) Marcelo Aro. Nós sentamos à mesa depois de muitos anos de rusgas, olhamos um na frente do outro e dissemos: 'Estamos no mesmo partido, eu não vou sair e você não vai me tirar. Nós temos que conviver'. E estamos caminhando para um bom acordo de apoio mútuo dentro da campanha em Belo Horizonte", explicou o senador.

Eventual aliança com a esquerda não deve acontecer

Ainda que esteja buscando o apoio de outras legendas em torno de sua candidatura, Carlos Viana acha difícil algum tipo de composição com a esquerda.

"Acho muito difícil. A questão de reconhecer valores em alguns pontos da esquerda é uma necessidade da política, porque a gente precisa fazer uma cidade para todos. Eu não vou querer fazer uma cidade só para o que eu penso. A cidade é de todos nós, então a gente tem que se abrir para isso", ponderou.

Já sobre um eventual apoio de Bruno Engler (PL) no segundo turno, Viana deixou as portas abertas para esta possibilidade. "É possível (apoio de Engler). No segundo turno a eleição é outra, é hora de conversar de uma maneira diferente do que no primeiro turno", finalizou o senador.

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