O apoio do Novo à candidatura de Mauro Tramonte à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) não vai ser apenas algo formal e no aperto de mãos na convenção partidária. O governador Romeu Zema (Partido Novo) prometeu subir no palanque do candidato e estar em agendas ao lado de Tramonte durante a campanha. Zema foi o entrevistado do Café com Política, da FM O TEMPO 91,7 nesta segunda-feira (19 de agosto) ao lado do vice-governador Mateus Simões.
“Vou participar ativamente sim, subindo no palanque, indo em eventos, é questão de estarmos ajustando as agendas. É o meu compromisso com ele e com Luísa Barreto”, disse Zema. O governador ressaltou que apesar de o Novo estar ao lado do PL em diversas cidades pelo Estado, como Contagem e Uberlândia, a escolha de Luísa Barreto em se aliar a Tramonte em vez de Bruno Engler foi um fator decisivo. “Pesou também a decisão da Luísa, tem que ser levada em conta, ela é a candidata. E ela disse que há uma química melhor, uma combinação melhor com o Mauro Tramonte”, contou Zema.
Mateus Simões disse que enquanto vice-governador, ele tem autonomia para atuação efetiva na gestão, modelo que acredita que será adotado em uma futura administração de Mauro Tramonte com Luísa Barreto. “A chapa tem uma vantagem muito interessante. Luisa é o nome técnico mais capacitado dentro do Estado hoje para governar uma cidade, não há ninguém no tíquete eleitoral com a capacidade dela. Mas Mauro tem uma capacidade de escuta, empatia, por ter ficado mais de 15 anos na frente de um programa como o Balanço Geral, ouvindo os problemas cidade, que Luisa obviamente não tem. A junção dessas duas coisas vai fazer diferença para Belo Horizonte. Mais importante que ser cabeça de chapa, é garantir que a gente vença essa eleição para que Belo Horizonte se livre de 32 anos de governo medíocres que fizeram a cidade caminhar para trás, caminhando na direção de esquerda não produtiva”, declarou.
Sobre o apoio do ex-prefeito Alexandre Kalil à chapa de Tramonte e Luísa Barreto, Simões disse que foi surpreendido, já que o apoio do Novo ao Republicanos foi definido três semanas antes da convenção. “Até a véspera, a gente via o comando do PSD comemorando o fato de Kail estar na campanha do Fuad. A gente já estava com as conversas finalizadas com o Republicanos. Uma semana antes apareceu Kalil”, lembrou. O vice-governador, contudo, disse que o Republicanos está no direito de receber quem quiser em seu quadro de filiados.
A entrevista foi concedida aos jornalistas Guilherme Ibraim e Thalita Marinho.