BRASÍLIA - O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), afirmou que tem tomado atitudes “idiotas” em sua campanha e buscou justificar a postura. Em entrevista ao podcast Flow, na noite desta quinta-feira (28), ele responsabilizou a “mentalidade” do eleitor brasileiro.

“No processo eleitoral, me perdoe, você tem que ser um idiota. Infelizmente, a nossa mentalidade gosta disso. E por ser um povo que gosta disso, eu preciso produzir isso. Eu preciso ter um comportamento que chame a atenção. Não é uma parada que eu me divirto”, disse.

Para reforçar seu ponto, o ex-coach ainda disse que no debate promovido pela revista Veja, no dia 19 de agosto, decidiu não responder a um adversário de forma provocativa, mas o resultado não foi o mesmo: "engraçado, não rendeu um corte, não deu nada."

Esta é a segunda vez que Marçal dá explicações sobre o tom provocativo de falas direcionadas a adversários na corrida pelo comando da capital paulista. Em entrevista à TV Record, na última sexta-feira (23), chegou a pedir “desculpas” e disse que precisou “chamar a atenção de um jeito que não agradou” para subir nas pesquisas de intenção de voto.

Um dos principais alvos de Marçal tem sido o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Em falas, gestos e até notas oficiais, e sem apresentar qualquer indício ou prova, o ex-coach vem insinuando que o psolista seria usuário de drogas ou que estaria frequentando clínicas de reabilitação. 

Por causa disso, Boulos já obteve sete decisões favoráveis no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), ordenando que o concorrente excluísse diversos vídeos em que faz os ataques nas redes sociais.