O candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a classificar como “facada nas costas” as divergências com seus irmãos, o senador Cid Gomes e o prefeito de Sobral (CE), Ivo Gomes, no Ceará, devido à disputa pelo governo estadual.
Segundo o pedetista, as feridas que resultaram do conflito ainda não foram cicatrizadas, a ponto de ele não ter tido nenhuma agenda de campanha no Ceará.
“A facada ainda tá doendo muito aqui. A ferida tá aberta, tá sangrando nesse momento. Dói pra valer. [...] Não fiz campanha lá por isso, porque tá doendo”, disse Ciro em sabatina no Jornal da Record.
O rompimento se deu quando o PDT escolheu, para ser candidato ao governo cearense, o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio. A opção motivou o fim de uma aliança de 16 anos com o PT no estado, pois os petistas apoiavam o nome da atual governadora Izolda Cela (PDT), que foi vice do ex-governador Camilo Santana (PT), hoje candidato ao Senado.
A última pesquisa do Ipec para o governo local mostra Roberto Cláudio em terceiro lugar, com 22%, oito pontos atrás do postulante lançado pelo PT, Elmano de Freitas, e a sete pontos do bolsonarista Capitão Wagner (UB).
Além de uma possível derrota na disputa regional, Ciro Gomes deve passar longe dos resultados que obteve, no Ceará, em eleições anteriores à presidência. Nas outras três vezes em que concorreu ao Palácio do Planalto, em 1998, 2002 e 2018, ele foi o mais votado no estado, seu reduto eleitoral.
Dessa vez, a última pesquisa Ipec mostra Ciro com 10% das intenções de voto no estado, contra 63% de Lula (PT) e 18% do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Cearense, faça o que você quiser de mim. O que vocês fizerem eu estou agradecido”, afirmou o candidato nesta terça.
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