O prefeito de Sobral (CE), Ivo Gomes (PDT), irmão mais novo do candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT), foi às redes sociais sugerir que alguns dos principais aliados no Ceará estão “escondendo” a imagem de Ciro em imagens de campanha, vídeos e santinhos.
Em uma postagem no Instagram, Ivo mostrou publicações do candidato ao governo cearense pelo PDT, Roberto Cláudio, nome indicado por Ciro, em que o presidenciável não consta nas peças. Também são mostrados posts do presidente do PDT no Ceará, o deputado federal André Figueiredo (PDT), candidato à reeleição; e da candidata ao Senado Érika Amorim (PSD), que é apoiada pelos pedetistas.
“Desafio: encontre nos Instagrans a seguir uma única referência ou pedido de votos ao Ciro”, afirma Ivo.
As pesquisas mostram que em 2022, Ciro Gomes deve ter o seu pior desempenho eleitoral no Ceará, seu principal reduto. Nas outras três vezes em que se lançou ao Palácio do Planalto (1998, 2002 e 2018), ele foi o mais votado do estado no primeiro turno.
Porém, a última pesquisa do Ipec, publicada na segunda-feira (26), aponta o candidato em terceiro lugar no estado, com 10% das intenções de voto, 4 pontos a menos do que no levantamento anterior. O ex-presidente Lula (PT) tem 63%, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL), 18%.
No mesmo post, Ivo Gomes defendeu o outro irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE), apontando publicações do parlamentar em que faz campanha para Ciro.
No entanto, Cid e Ivo divergiram de Ciro na escolha do candidato do partido ao governo do Ceará.
Enquanto Ciro bancou o nome de Roberto Cláudio para a disputa local, os irmãos apoiam a candidatura de Elmano de Freitas (PT), o que foi, segundo o candidato ao Planalto, “uma facada nas costas”. Inicialmente, Cid e Ivo pregavam pela escolha da atual governadora Izolda Cela, que era filiada ao PDT, nome rechaçado por Ciro.
Os episódios levaram os irmãos a terem uma participação bem menor na campanha presidencial de Ciro Gomes. Em 2018, Cid Gomes foi o coordenador da campanha de Ciro, enquanto neste ano, aliados consideram que ele está “sumido” das atividades eleitorais.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.